À PROCURA DE MIM MESMO
devo ter sangue escuro de cachalote e de cigano. Nos fundamentos do meu ser há rocha e areias movediças, cannabis indica e lixívia. O tentáculo pavoroso das minhas almas, às vezes aprisiona-me num casulo luminoso. Sou o secretário de Behemoth. Rio-me dos tempos de amor fácil, tenho a pele druida. O amor? Não sei o que é. Uma estrela despenhada. Um uivo no deserto que de repente engole a sala de cinema. Todos falam dele com pena e sabedoria, sobretudo aquele alemão de voz fraca que aparece de tiara.O amor? Eu faço-lhe manguitos desde a Galileia.
Bem, o meu psicólogo fala da parte obscura do ser. Uma vez Lady S. pediu-me para pintar o demo com um cu de betterraba. Rimo-nos como loucos no Santo Sepulcro a puxar em pensamento as barbas dos popes, com hálito a cheirar a alho. Parte obscura do ser? Nada em mim tem luz, é tudo parte.
Bem, o meu psicólogo fala da parte obscura do ser. Uma vez Lady S. pediu-me para pintar o demo com um cu de betterraba. Rimo-nos como loucos no Santo Sepulcro a puxar em pensamento as barbas dos popes, com hálito a cheirar a alho. Parte obscura do ser? Nada em mim tem luz, é tudo parte.
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