A QUEIXA-CRIME JÁ FAZ VÍTIMAS: O PRÓPRIO QUE A ARTICULOU
O PM José Sócrates com esta iniciativa de apresentar uma queixa-crime deu um tiro nos pés, pôs contra ele todo o país que até agora, com portuguesa bonomia, simplesmente o andava a passear nas anedotas. As anedotas agora passarão a outro grau, a inventariar o ressentimento. E paulatinamente, por mais que os Bagãos Félixes do socialismo rujam, transformar-se-ão em flechas mais venenosas, ou seja, em não votos.
É que se há coisa que desagrade aos portugueses é constatar que tem pela frente queixinhas. A recente onda de bufaria, da hiperzelosa do DREN, não ajuda. Queixinhas e bufos são duas figuras já inventariadas e catalogadas no consciência colectiva portuguesa. Na altura de seguir para intervir na Europa, como Édipo em Colona, o PM apesar do muro de assessores sabe que está só. É a sua hora de glória mas o que o vento lhe sopra ao ouvido é detestável.
E tivesse agido de forma lisa, em vez de se entregar a contorcionismos, tudo não teria passado de um fait-divers. Agora não. Avolumou-se, transformou-se num fait unique, deu para conhecer os meandros da sua mente de bastidores, manobrista, cheia de jogadas escondidas. E transformou-se num imenso facto político cujos contornos chegarão à Europa e que revela uma mente trémula, que tudo faz para conservar o poder.
Enfim chega sempre a hora da verdade para os pequenos maquiavéis de província, que entram demasiado cedo na história donde, de resto, não tardam em sair.
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