SÔBOLO SILÊNCIO MAIS RUIM
escolhe o mais anódino sítio do mundo para escrever: uma loja de ferragens por exemplo. E para começar não digas nada de simbólico, tipo o ferro caiu.
Experimenta todas as maçanetas, claro. A literatura não é mais do que uma maçaneta.
E se vires a Poetisa Grega, com uma écharpe chique, a Sophia ou uma Neo-Sofia cheia de respiração, apaga a frase manhãs luminosas sem fim que escreveste na parede para o patrão a ver.
Não fales do sub-atómico, esse mundo vazio e chato cheio de interesse para os físicos, onde não se passa nada que se possa agarrar. Há alguma parte interessante do corpo de uma mulher no sub-atómico? Parece bem que não mas talvez fosse interessante exilar para lá os 30 escritores portugueses que estão sempre a aparecer na TV.
Numa loja de ferragens é muito provável que nunca apareça o Fernando Pessoa, em pessoa ou em livro. Isso provoca logo um alívio imenso, não vais ter que ler o maior desperdício de multipersonalidade do século passado. Vais poder dedicar-te mais à maçaneta e ao objecto mais interessante e aural de Portugal (al al): o ferrolho.
Experimenta todas as maçanetas, claro. A literatura não é mais do que uma maçaneta.
E se vires a Poetisa Grega, com uma écharpe chique, a Sophia ou uma Neo-Sofia cheia de respiração, apaga a frase manhãs luminosas sem fim que escreveste na parede para o patrão a ver.
Não fales do sub-atómico, esse mundo vazio e chato cheio de interesse para os físicos, onde não se passa nada que se possa agarrar. Há alguma parte interessante do corpo de uma mulher no sub-atómico? Parece bem que não mas talvez fosse interessante exilar para lá os 30 escritores portugueses que estão sempre a aparecer na TV.
Numa loja de ferragens é muito provável que nunca apareça o Fernando Pessoa, em pessoa ou em livro. Isso provoca logo um alívio imenso, não vais ter que ler o maior desperdício de multipersonalidade do século passado. Vais poder dedicar-te mais à maçaneta e ao objecto mais interessante e aural de Portugal (al al): o ferrolho.
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