SONETO DA MORTE MORTA
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Naquele lugar onde me enterraram de fraque
Vou deitar uma bomba ao meu túmulo
e enchê-lo a seguir de bom conhaque
que seja francês, e que para cúmulo
tenha um submarino dentro!
e uma vez feito isto fugirei do centro
do Universo, onde há sempre, sina nossa
um poeta russo e outro do minho.
Quero lá saber do meu futuro! Come tu
o teu futuro e a tua prole e a tua tia.
Cago para o teu asfalto, e já agora fica
a saber que nunca tive um telemóvel
e que o meu computador é emprestado,
e que roubei três amantes boas ao Papa.
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