SONETO METEMPSÍQUICO DO BARBOSA
Andava o país ensosso, a banhos de hedonismo
mole do Santana, tudo a meia leca e meia foda,
quando apareceu, abortado de um sismo,
empreiteiro das reformas, amigo da poda,
um tal Sócrates, sem nada do grego, um Pinto
de Sousa, que começou a mexer em tudo,
com todos os ministros a apertar-nos o cinto
e a tirar maternidades - às mães e às putas -
com desvelo tamanho que se ouvia ranger
o dente dos professores, e o próprio demo
andava fugido, todo encaralhado, temeroso
de que só para, economicamente, o foder
lhe tirariam não dois, mas duas vezes o mesmo
corno duro, untado, vermelho e asqueroso!
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