- Os portugueses antes de dizer mal vestem uma armadura medieval e untam as mãos na sanita. Depois sobem para uma muralha onde fazem imenso barulho.
Fazer imenso barulho, a muitas pessoas parece uma quantidade de acção.
Gostei sempre de estar na periferia das coisas, na periferia da aristocracia e dos artistas, dos proletas e dos vagabundos - e tornei-me um combinado de seres periféricos. Servir com salada.
Aqueles que querem transformar o mundo esquecem-se sempre de transformar-se a si mesmos. É esso o problema crucial de todos os nossos primeiros ministros.
Segundo os jornais só há duas classes de países: os pobres e os ricos. Mas é nos países pobres que se come muito melhor e que as praias são autênticas.
Uma maturidade que não está toda furada por gargalhadas é pouco sólida.
Estamos a construir um país com as coisas a que não achamos sentido nos supermercados.
Dada a quantidade de ministros tolos é inevitável inferir que só os tolos querem ser ministros.
- Durante os meus anos nas guerras coloniais nunca ouvi um moribundo a abençoar
- o nome de Salazar ou a chamar por ele.
Eu acho que a sabedoria espontânea nunca se afoga numa garrafa de Coca-Cola.
Eis o que penso do petróleo: estamos a queimá-lo todo porque o odiamos.
O poema que não é como um navio de piratas ou leva turistas ou mercadoria.
Uma nuvem é água demissionária em estado de graça.
2 Comments:
Bravo!
Mas porque razão não vêmos os seus livros nas vitrines das livrarias e não o sabemos coroado de medalhas?
É um bálsamo ler os teus textos.
Gastão,
Obrigado! A razão porque não me vê ajoujado de medalhas, a caminho de Estocolmo, nem vê os livros nas vitrines é numinosa.
É um bálsamo ter comentários assim tão simpáticos!
Um abraço,
Miguel
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