/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: PATAFÍSICA DOS PROFESSORES (Apontamentos do Grão Porkêra da Vazia)

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2008-04-01

PATAFÍSICA DOS PROFESSORES (Apontamentos do Grão Porkêra da Vazia)


Prolipomenos para a ASCOLA PORTUGA


Os professores são uns mamíferos inventados por alguns alunos que se aborreciam de não ter ninguém em quem dar paulada no caco

se há muito mais pãofessores e pãofessureiras do que pró fessores é por causa da conomia

E os fessores são uns senhores doutores sem senhor

o grão professor educa, o mini truca

O educossor é um professor que faz os trabalhos de casa dos pais dos alunos

o professor neste momento tem azia, é da geografia

Os professores são uns polícias anões?

Paradoxo professoral : na actual escola-manicómio os loucos estão todos lá fora

Há paraprofessores a mais e metaprofessores a menos!

Uma escola onde toda gente educa é uma ascola

de resto devia mudar-se o nome rapidamente para Ascola Portuga

quando se pede ao Governo que seja Pai este agradece e mete-se de Mãe

os direitos do Feto: para Quando?

As Ascolas abortam a inteligência e a criatividade

Andou na Ascola? ganda pintarola

O peido de um pedagogo vale o seu peso em gogo

Um pedante pedagogo pesa patifes. As piranhas pensativas proliferam

professor de saias, precisa-se

O professorómóvel substituiría três objectos inúteis e jurássicos : o professor, o aluno e o telemóvel

os alunos são todos alunados antes de aluar de vez

quer o cérebro em picado de mocrata, ou picado privado?

São muito mocratas os democratas, mas não se vê a demão

5 Comments:

Blogger Pedro Ludgero said...

Basicamente, eis o que eu queria dizer no meu último post...

Abraço

12:12 da manhã  
Blogger Miguel Drummond de Castro said...

Caro Pedro

les bons esprits...

chegam ao "communio sensu" sem problemas

Um Abraço


Miguel

3:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ir para a escola era um grande sonho, conviver com outras crianças podia ser uma festa mas a entrada na escola foi um dos maiores pesadelos, as outras crianças um inferno.
Afinal não se ía para a escola para aprender, ninguém parecia interessado em ouvir, a professora esforçava-se, coitada. Não era má profissional mas tinha lido pouco, de qualquer forma para quem gosta de aprender, todas as ninharias são importantes.
As crianças, os colegas eram horríveis, agressivos, sem interesse. Brincar?
Só se fosse à porrada, e por isso era todos os dias nódoas negras novas, roxas, das grandes. Um dia, iam-me partindo a cana do nariz. Armei-me com um pente e zás, foi logo na cara de um puto, coitado nem era dos piores. Havia o exército dos malfeitores, miúdos que no recreio espancavam por mando de outrém, geralmente um tipo fraco. Batiam em grupo, caiam sobre o escolhido enquanto o chefe ficava a rir num canto, e era ele quem dizia como se devia bater. Um dia arranquei um tufo de pêlos que um destes paus mandados tinha no pescoço, era preciso bater, pois então.
Isto era nos anos 70, pós 25 de Abril. Uma escola primária pública no centro de Lisboa.
Afinal, ninguém brincava, não me lembro de nada interessante. As miúdas viviam entregues à maledicência, faziam-se inimigas, definiam territórios.
Afinal a escola era melhor só com o professor, ou talvez o melhor era nem haver escola. Lembro-me bem do último dia, nunca mais lá entraria, estava livre, foi um alívio.


SS

7:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Grande Drummond!

De que interessa ir à escola se os professores nem se quer podem exercer a sua autoridade, e para chumbar alguém é um problema, Deus nosso Senhor, que a criança morre de desgosto.
Olhe isto é uma palhaçada. Os miúdos passam de ano sem saberem nada e em dois tempos teremos novos doutores, analfabetos e no desemprego, outros nem por isso, os papás, etc, etc
Claro que há professores muito fracos, como é que é possível?
A classe não é valorizada, deviam ser escolhidos a dedo e pagos a ouro, os bons, claro.
Como é possível pôr gente inculta a lidar com crianças muito pequenas, por exemplo?
Até dói. A minha chinesa teve uma educação muito especial, foi mandada muito pequenina para casa de um sábio muito velho, daqueles mirrados com rabicho até aos pés. É uma princesinha. Há quem não tenha tido a sua sorte.
Acho que o preceptor deve ser alguém especial e todos os professores deviam ser pessoas fantásticas e os miúdos cresceriam de forma diferente. Agora esta mediania em tudo, é lamentável.
Por outro lado, eles são um reflexo da mediocridade da sociedade em que crescem, estes maus comportamentos aprendem com os pais, o vizinho, o cidadão que lhes passa à frente e manda o maço de cigarros pela janela do automóvel, a patroa da mãe que há meses que deve, etc
Um abraço aqui do Ó.

7:50 da tarde  
Blogger Miguel Drummond de Castro said...

Caro SS,

A mim meteram-me num colégio religioso de frades irlandeses. Só me lembro de estar de pé nas carteiras para ver por onde é que podia zarpar dali pra fora.
Pagão natural fui forçado a confessar-me, eu que não tinha pecados e, depois, pior ainda a comungar numa catedral, vestido a rigor, de primeiro comungante. Não tinha a menor fé naquilo tudo.

Por isso, embora me dissessem soubesse o que era o inferno, lá nos fundos e depois da morte (os putos não vão em abstracções e aléns ) a escola, o colégio é que foi para mim um verdadeiro inferno.

Abraço solidário

PS - ainda por cima já sabia ler desde os 4 anos e meio - as aulas aboreciam-me. A profe, achou que eu era atrasado mental e assim o disse à minha mãe que lhe explicou que eu já sabia ler e escrever e que devia ser por isso que estava com ar "morose".

Pois estava. E não conseguia ver o ponto de fuga. Encostado ao quadro havia uma régua que era "the discipline". Levava-se com ela nas mãos.

Por isso sempre que me falam de regras e me lembra a semântica que regra vem de régua faço um manguito. Sou um inimigo das regras. Vão dar reguadas na avózinha.

5:08 da tarde  

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