Esta foi a imagem utlizada até 2007 pela Presidência da União Europeia para abrir o seu site.
Nota-se uma diferença de escala óbvia: a República representada por uma jovem bem fornida e sorridente, de peitos ao léu e (procedendo à rotação da imagem) traseiro bem desnudado, enquanto o manto é um cai-cai pré-histórico, é enorme, os outros figurantes são lilliputianos.
Em baixo, os lilliputianos "filhos da República", sob a protecção da monumental mãe unem-se num aglomerado fraternal e militarista, formando uma espécie de quadrado defensivo, de resto protegido por uma trincheira.
Quem são os liiliputianos e edipianos filhos da Colossal Mater? Povo e militares nas extremidades e ao centro os políticos de casaca (os políticos nessa altura quase todos formados em Direito) e de chapéu alto.
Há uma diferença vestimentária óbvia: A República - que aqui é a República portuguesa, pediu de empréstimo aos francius o barrete frígio vermelho. A Revolução Francesa reclamava-se herdeira dos gregos da Frígia. Mesmo sem o saber assim o fez a portuguesa.
Mas se a República está nua, pelo contrário os seus filhos.defensores proletários, os militares, estão hipervestidos, bem como os seus filhos legistas - que não deixam de ocupar o lugar central da hierarquia.
República sim, mas respeitinho. O Exército e o povo em armas na defesa, nas alas, e os encasacados - o novo sacerdócio jacobino emergente, ao centro, no posto central da hierarquia. A ordem social não está ameaçada. E a figura formidável da mãe de teta ao léu, simbolizando o leite prometido, garante protecção aos seus filhos.
Curiosamente esta representação é uma verdadeira petite estampe d'Epinal. Não é original. Mas participa da mesma qualidade dos ex-voto. É teológica. A República é a nova Virgem-Mãe
Nota-se uma diferença de escala óbvia: a República representada por uma jovem bem fornida e sorridente, de peitos ao léu e (procedendo à rotação da imagem) traseiro bem desnudado, enquanto o manto é um cai-cai pré-histórico, é enorme, os outros figurantes são lilliputianos.
Em baixo, os lilliputianos "filhos da República", sob a protecção da monumental mãe unem-se num aglomerado fraternal e militarista, formando uma espécie de quadrado defensivo, de resto protegido por uma trincheira.
Quem são os liiliputianos e edipianos filhos da Colossal Mater? Povo e militares nas extremidades e ao centro os políticos de casaca (os políticos nessa altura quase todos formados em Direito) e de chapéu alto.
Há uma diferença vestimentária óbvia: A República - que aqui é a República portuguesa, pediu de empréstimo aos francius o barrete frígio vermelho. A Revolução Francesa reclamava-se herdeira dos gregos da Frígia. Mesmo sem o saber assim o fez a portuguesa.
Mas se a República está nua, pelo contrário os seus filhos.defensores proletários, os militares, estão hipervestidos, bem como os seus filhos legistas - que não deixam de ocupar o lugar central da hierarquia.
República sim, mas respeitinho. O Exército e o povo em armas na defesa, nas alas, e os encasacados - o novo sacerdócio jacobino emergente, ao centro, no posto central da hierarquia. A ordem social não está ameaçada. E a figura formidável da mãe de teta ao léu, simbolizando o leite prometido, garante protecção aos seus filhos.
Curiosamente esta representação é uma verdadeira petite estampe d'Epinal. Não é original. Mas participa da mesma qualidade dos ex-voto. É teológica. A República é a nova Virgem-Mãe
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