PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对一切現代性に対して - 風想像力

LES PRIVILÉGES DE SISYPHE - SISYPHUS'PRIVILEGES - LOS PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO - 風想像力 CONTRA CONTRE AGAINST MODERNISM Gegen Modernität CONTRA LA MODERNITÁ E FALSO CAVIARE SAIAM DA AUTOESTRADA FLY WITH WHOMEVER YOU CAN SORTEZ DE LA QUEUE Contra Tudo : De la Musique Avant Toute Chose: le Retour de la Poèsie comme Seule Connaissance ou La Solitude Extréme du Dandy Ibérique - Ensaios de uma Altermodernidade すべてに対して

2007-08-21

GOLFE TRANSGÉNICO

Somos um grande campo de golfe transgénico, intervalado por milharazes.

Fast, functional and ugly : massive architecture

2007-08-14

When Jung visited New Mexico in 1925, one of the Pueblos told him: "The whites always want something; they are always uneasy and restless. We do not know what they want. We do not understand them. We think they are mad."

2007-08-13

Encantam-me os desaparecidos

2007-08-09

FAILED POET'S POEMS

William Faulkner:

If there be grief, then let it be but rain,

And this but silver grief for grieving's sake,

If these green woods be dreaming here to wake

Within my heart, if I should rouse again.

But I shall sleep, for where is any death

While in these blue hills slumbrous overhead

I'm rooted like a tree? Though I be dead,

This earth that holds me fast will find me breath.

2007-08-07

poema para aquecer o vitriol

Nulo idílio, nula comunhão, o mundo por toda a parte, coroados ou não, pertence aos imbecis e assim um poeta não é mais do que intervalo entre um exílio e o próximo. Ah! mas salva-se o instante mordedura, e o estrebuchar rápido da paisagem de prédios de vidro, enquanto no soneto, nada claquettes, se cravam as mandíbulas do tubarão.

Felizmente o agonizante Verão, industrializado e massificado, está a terminar e com ele os Festivais de Música que enchem de copos de plástico branco o litoral alentejano.
Deixarão de se ouvir frases como "oferta cultural". Não se verão fantasmas de hippies reencarnados em suburbanos tugas. Não se ouvirá dizer "meu" e "ya". E milhões de praticantes de música de fusão fundir-se-ão noutras paragens.
Mas que alívio não mais ouvir música de fusão! A África oxigenada desaparecerá. A Galiza de caracóis rasta também. E o haxe que sabe a polícia também.
E eu irei pela noite escura ouvir os grilos.

Dupond e Dupont investigam o caso Madeleine, e eu diria mesmo que estão a investigar na China, onde na província de SuonKeng apareceram dez Madeleines em papel recortado, à luz do luar.

O Papa em Roma, depois de beber discretamente um capuccino, teria dito a um camerlengo : Pequim é pérrrrigozo mas é lá que começa a China real. E imediatamente avisados por SMS os dois diligentes detectives, depois de aconselhados pelos especialistas da RTP, partiram incógnitos para a China, e eu diria mesmo para Pequim, depois de dar uma conferência de imprensa dizendo que não ficariam os dois no mesmo quarto do Hotel Internacional, para que não existissem rumores sobre a sua relação. Portanto, eu diria mesmo que ficaram em quartos separados. Um com as pontas do bigode para cima, o outro com elas para baixo.

Interrogados sobre a questão dos cães ingleses que adoram farejar sangue e sobre os ingleses que adoram sangue os dois disseram quase ao mesmo tempo: tudo o que eu posso dizer é que nada posso dizer. E acrescentaram: e diríamos mesmo que não podemos nada dizer ou seja não temos nada para dizer.

2007-08-06

SALVADOR DALILA

Salvador Dalila deixa um rasto de sangue no Museu de Arte Hantiga, e os cães da Scotland Yard farejam lixívia? Qualquer coisa está mal na narina canina? Ou o rasto de sangue é de um sangue mutante?

O especialista em crime plástico, Isidoro Dugás, diz que à noite os figurantes do Painéis de Nuno Gonçalves (o quadro que Salazar encomendou ao século XV) emitem tentáculos e aprisionam almas errantes.

Na rua das Janelas Verdes Simultâneas (onde apesar de anos de vendetta ainda cheira a café torrado) junta~se uma multidão de Doze Pessoas. Três VIPS, dois 1/4 e o resto uns NIPS (Not important People) totais. Agitam bandeiras cinzentas.

O Museu de Arte Hantiga entretanto foi vendido ao Souto Moura e ao BIPA. Por isso está cheio de moquettes cinzentas e puffs. São Jerónimo o quadro mais pesado do mundo a seguir ao Petite Musique de Nuit de Columbano de noite tem orgias lá dentro.

Um túnel que passa pelo Fráquil e pelo Lukzzz desemboca entre a fenda das nádegas de muito VIP. A Arte Hantiga é muito artesanal.

Imagem: Escudo de armas do meu 34º avô.

2007-08-05

A ANARQUIA DOS SENTIDOS

Enquanto a televisão é uma coisa para crianças: move-se depressa, fala pouco e mal, quase não pensa e tem um flash incontinente de cores, a rádio é obviamente para senis sentados ao volante, donas de casa descompensadas, velhos emprateleirados em diversos asilos. Quando penso na rádio penso nos guardas da fronteira da Moldávia, ao entardecer, presos num bunker e quando penso na televisão penso em todos os bonecos de plástico colorido do mundo a andar à roda, num Carrossel Mole. Nada que não pudesse encontrar-se como cimento do fundo mais perturbante de alguns dos contos de Andersen, que nunca foram para crianças.

Os jornais, com as suas colunas rígidas, em formação fixa, o tom predatório ou missionário dos editoriais e, no fundo, o seu tom telegráfico de "relatório", são do menos literário que há, e foram sem dúvida feitos para coronéis imobilizados em bleu fixe.

Por isso, de todos os media, só o cinema se dirige a adultos com alguma capacidade de recriar a vida, ainda sem barrigas paralizantes e preguiças dogmáticas de morsa.

DISMORFØSE

Portugal, ultimamente, com a sua saburrice céptica e falaz indiferença a tudo o que não seja os círculos das linhas abaixo do umbigo, tem vindo a tomar a forma de um Imenso Manguito Mole.

2007-08-03

ÁRTICO E NASHI

Os Russos Varangianos, mais conhecidos em português por Russos, querem os fundos do Ártico para pesqueiros, prospecção de petróleo, diamante, platina, ouro, níquel, chumbo, etc. Dois submarinos russsos em missão geológica e não só, quais novos Hernan Cortez, acabam de cravar nos fundos marinhos do Ártico a bandeira russa. Um gesto imperial, de colonizador, que reclama para a Coroa, perdão, para a Presidência Putiniana, mais terras, desta feita submersas. Mas congruente com a velha vocação russa de expancionismo.

Entretanto, um movimento de juventude chamado Nashi (Nosso) apoiado pelo governo de Putin vai tomando forma. Cerca de 10.000 jovens reunem-se periodicamente a 200 km de Moscovo. Vestidos apenas com roupa interior ouvem palestras e praticam ginástica de tipo fitting. A ideia é restabelecer o culto da saúde, da perfeição física, da nacionalidade e da...natalidade. Fazem-se casamentos em massa entre jovens, oficiados por funcionários do registo civil. A semelhança entre este movimento Nashi, que Já fez autos-da-fé em Moscovo, queimando livros que considera não patrióticos, e a Hitler Junged (Juventude Hitleriana) é de tal ordem que já lhe chamam a Putin Jungend.

O que se infere disto? A Rússia, sob Putin está a voltar a ser hiper-nacionalista e expancionista, ao mesmo tempo que reabilita Stalin, o carrasco, responsável por milhões de deportações para a Sibéria, considerando-o o maior dirigente russo do século passado.

Como diria o Miguel Drummond, sempre que se começa a ouvir o rufar surdo dos tambores, agravam-se ainda mais os tempos de Insecto Colectivo.

Estou convencido que o tempo não flui em linha recta, como uma flecha.

2007-08-02

A MINHA SOMBRA

Eu vou de férias. A minha sombra fica. Eu sei que é disgraceful, e possivelmente bipolar, mas a partir da próxima palavra Gulp! NOW! ela tomou conta do blog.

Pois é. Agora vou aproveitar para dizer tudo em mais escuro, sem clareza cartesiana (também já não havia muita), com parca racionalidade (escasseava) e sem lirismo (o que havia nem para borotalco).

E como sombra, sinuosa, quase invisível, vou ser lacónico. (Nitidamente por falta de ideias, e na zona menos nítida por uma fermentação desmesurada delas).

Mas estou a gostar do meu novo nome SOMBRO.

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