OS RATOS ABANDONAM O BARCO SOCIALISTA
Como o PM está em queda, ou seja, boa parte dos portugueses já "o topou", os candidatos à sucessão demarcam-se. Um deles é o número dois do PS, António Costa. Como é sabido a Câmara Municipal é uma rampa de lançamento para mais altos voos. O colorido, aliás coloured, para não dizer monhé (termo criado pelos pretos de Moçambique para designar os indianos), com voz de baixo que arranha fundo, ja discorda de Credos oficiais do governo.
António Costa bate com força e com razão o pé à Ponte Chelas-Barreiro, que é um monstrengo a todos os títulos. António Costa fala da dificuldade (eufemismo para significar impossibilidade) de o PM voltar a ter maioria absoluta. E por isso Sócrates começa a ficar só e tremido. Nervoso já o senhorito empertigado é, mas está a ficar mais. O computador Magalhães que era uma cenoura magnífica, um captador de votos excepcional todo ele made in Portugal, no seu entender, acabou por provocar o riso universal. Os portugueses podem tolerar um PM quase mau, mas não se tolera um caixeiro viajante. Os seus pares já se deram conta que a maioria é um sonho perdido, e só vencerão mesmo à justa porque a oposição é de uma fraqueza excepcional.
O outro membro fracturante do PS, também ele de voz de baixo que arranha fundo, o melhor dos poetas menores, como o chamou Agustina Bessa Luís, com subtil e certeira dose de veneno homeopático, já é um histórico demarcado. Com efeito, podia-se dizer que há uma região demarcada Manuel Alegre. Uma faixa votante de respeito, que custou as presidenciais ao PS.
O outro pormenor significativo são os professores. Sâo 120.000 votos certos a menos. Mas lembrando-nos que um professor em geral tem um conjuge ou companheiro, além de família próxima e amigos. Esses 120.000 podem-se multiplicar por 4 ou por 5. Grosso modo o PS parte para as eleições com menos 500.000 votos devido a uma ministra infeliz, um PM teimoso. e um governo hiperyesman que foi sempre a zelosa His Master's voice.
Por isso as próximas eleições para o PS que com a ASAE tocou naquilo que é sagrado para os portugueses - os petiscos, e a boa comidinha - estão mais do que tremidas. Os canhões de peso começam a dar salvas em linhas contrárias à oficial. Sócrates tem os dias contados. A sua máquina de propaganda por mais que se esforçe tornou-se inconvincente a nível da maioria da população. E é já tarde para emendar a mão. O único que tem aguentado este governo é o cinzentismo incrível da sua oposição recente.
Mas não há dúvida que no seio do PS se começou a discutir o que era há tempos inimaginável: a sucessão de Sócrates.
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