/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: 2006-09

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力

LES PRIVILÉGES DE SISYPHE - SISYPHUS'PRIVILEGES - LOS PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO - 風想像力 CONTRA CONTRE AGAINST MODERNISM Gegen Modernität CONTRA LA MODERNITÁ E FALSO CAVIARE SAIAM DA AUTOESTRADA FLY WITH WHOMEVER YOU CAN SORTEZ DE LA QUEUE Contra Tudo : De la Musique Avant Toute Chose: le Retour de la Poèsie comme Seule Connaissance ou La Solitude Extréme du Dandy Ibérique - Ensaios de uma Altermodernidade すべてに対して

2006-09-30

o espírito tin-foil

Olá infiéis

O espírito tin-foil precisa de ser explicado? Quem o tem? Por exemplo o poeta VGM é contra a liberalização da marihuana, logo tem espírito tin-foil.

O ministro das Obras Públicas quer 300 km de estrada nova todos os anos, tem espírito tin-foil.

O presidente Cavaco quer um "país de sucesso". A frase e o presidente tem espírito tin-foil.

Mas o Papa faz ginástica à janela diante de toda a gente. Terá espírito tin-foil? Não. Tem um chapéu roubado ao cardeal do surrealismo, mais vermelho que cranberries de um quadro de Bulwer-Lytton ou dos lábios de uma musa dos pre-rafelitas (pink carnation, deadly look). Tem uns sapatinhos igualmente rubros emprestados por Madame Castafiori. O Papa é pós-tin-foil.

A TVI é a encarnação do espírito tin-foil na terra.

Todos os pivots da TV e quase todos os presidentes de clubes de futebol (salvo o Soares Franco do Sporting) além de pimba-mafioso, tem espírito tin-foil.

Mas o que é o espirito tin-foil, afinal ? É super zen. Dobra-se e depois desdobra-se: apanha tudo e não está lá dentro nada.

Link

malabarbarismo


, originally uploaded by Кevin.

Esquecemos no anúncio dos blogues de referir que a

A Larva Libertina

(Inspirada no livro retro Cinco Semanas em Balão, de Jules Verne - um dos ícones deste blog)

também irá para o ar digital revestida de barbatanas, escafandro e máscara anti-tudo.

Aproveita-se o ensejo para dar notícia que patenteámos
a Nova Máscara Anti Novos Dantas
que pode usar sempre que ler as poesias de VGM, de EA, de FG e outros asteróides de nomeada.

Ah , cuidado com a ponte. São elas que nos atravessam, e não nós a elas.

2006-09-29

A adrenalina já foi, agora Serotonina

Campeões da Menor Audiência Possível,
(Um snob, um dandy da altermodernidade desdenha essa entidade platónica: as massas) avisamos os hypocrites lecteurs, nos semblables, nos frères,
que :

Há blogs novos feitos pelo time da casa:
o Troca-Pulgas
o Apalpa-Lesmas (em riscos de ser OPAdo pelo primeiro)
a Carraça Relativa
e outros igualmente desprezáveis como
Hegel no Bidé da Nova Esquerda


Perca-os! Atire-os para os Infernos da Web (onde há boa companhia como blog de Goethe & Sus Castañuelas).

2006-09-28

Entevista com o Director do Troca-Pulgas

*Sr. Director gosta de escrever?
Dir. - Não. Gosto de mandar escrever.
*Sr.Dir. há pipocas na redacção?
Dir. Temos vários desdentados na redacção mas estamos todos dentro do mesmo filme.
*Sr.Dir.- Quem teve a ideia do título do seu blog que é o mesmo da sua coluna e o mesmo do seu jornal?
Dir. - Bem, fomos vários a tê-la ao mesmo tempo mas eu fui o primeiro a copiá-la.
* Sr.Dir já ouvi críticas a dizer que ler o Troca-Pulgas faz diminuir certas partes do corpo.
Dir. - Quando as críticas são verdade não são críticas. De facto só se deve ler o Troca-Pulgas na cama, acompanhado, em estado de nudez.
* Sr.Dir. - E o cérebro também diminui ao ler o Troca-Pulgas?
Dir. - O cérebro é um mito. Claro que diminui (o mito) com a leitura do Troca-Pulgas. De resto nós advogamos a sua substituição por miolo de noz. Porquê? É mais pequeno, mais portátil, mais prático e não tem AVCs. De resto para as necessidades da actual civilização basta a espinal-medula.
* Sr.Director ouvimos dizer que o Troca-Pulgas vai fazer uma OPA sobre o Apalpa-Lesmas.
Dir. Não comento fugas de informação demasiado óbvias. É claro que vamos absorver esse segmento.

2006-09-26

Depois de ver uns prós e contras com Aznar

toda esta gente que se junta para falar do futuro da economia tem um ar vendido, vendável, vendedor - porque não falam do futuro dos ornitorrincos, das quimeras das anénomas, dos passos em falso na evolução dados pelo marsupial?
a mim o futuro, pelo menos o futuro da economia não me interessa. preocupar-me com a taxa de crescimento, com o juro, com a percentagem? quero ver a parede cheia de líquenes, bater à porta de uma constelação, ser tragado por um tsunami e não esperar a ajuda internacional
apenas a ajuda dos oito tentáculos de um polvo, o beijo da grande cachalota, a calamidade das estrelas do mar, o salto dialético do cavalo marinho
não me tragam a constelação do euro, nem a cara dos grandes negociantes do momento: antes os árabes andaluzes de outrora, com a luneta assestada sobre estrelas azuis e campos de milho negro, com corvos azuis crocitando medonhamente sobre um campo rubro pelo sangue das grandes fugas do crepúsculo sobre a cabana das estalactites
eu quero ver a andaluza em flor, a dançarina, a abominável mulher das neves com o seu circo de duendes pérfidos, sorrindo entre as novas rápidas ruínas desta civilização que cai e não cintila

2006-09-25

i'm in a go away mood


nellie, originally uploaded by senils.

levo os gatos, a musa, o livro de Finnegan´s, várias caixas de rum, a verdadeira photo do cap.Haddock, um lápis antigo
levo a minha raiva antiga e a futura, levo um sinal no pescoço, uma perna descamada, uma poignée d'amour
levo um incerto narcisismo, uma caixa de pimenta preta, os CDs de Nusraaf Ali
não levo a bíblia, nem os jornais de sábado (todos com vinte anos de atraso)
levo a rua Garret à hora de ponta, o monóculo perdido de F.P. e dos seus trinta heterónimos
levo os uivos do meus cães, o relógio de areia do meu antigo windows 98 second edition
levo umas areias de portugal, umas terras de espanha, um lenço de cambraia e o cantares de Guiomar Gomes do século XVI

Tire os sapatos quando andar na terra


Spread Wings, originally uploaded by dave witmer.

O inquestionável sapato deve ter acabado por deformar o pé e o pensamento. Para se aproximar dos últimos seres sencientes vivos tire os ténis, as botarras e talvez tenha a sorte que um deles lhe abra as asas e o convide para outro voo.

2006-09-24

Hep


Looper, originally uploaded by libraryman.

Fui dar uma volta.

Um Soneto à Minha Musa

contam que sai de casa a qualquer instante
depois sem um rosto grego ou perfil romano
pede às ruas que a percam
e entrega-se aos ventos como a pura poesia

e o seu corpo renasce de tanto dar desejo
desejo duro de durar e de se transformar sempre
cisne que se faz corvo ouro que volta ao asfalto
numa alquimia depois da alquimia

quando as palavras às bicadas arrancam as asas
e uivam pelos gritos de amor que a cidade enterra
contam que se despe diante da mentira

e depois foge feita de farrapos
e nenhum deus novo a recebe nos braços
porque ela bebeu a vida no bico dos pássaros

Bacalhau sem Brás

Outrora um país parecido a um bacalhau tinha instalado dentro de cada orelha um Simulador Oceânico. Toda a gente ouvia o petróleo a gotejar nos fundos marinhos, e os Lamelibrânquios votavam discretamente chipados, enquanto os escoteiros caminhavam em filas paralelas e os rapazes da Weltanshaung Paralela bebiam grandes chávenas de café.
Os asfalto-adictos, presos pelas suas Cornucópias aos espelhos retrovisores procuravam com alguma diligência o Restaurante. A Questão do Restaurante Desaparecido era o maior problema do país parecido a um bacalhau. Teria desaparecido sem testemunhas? Comprado e desviado por alemães falsamente metódicos, interessados na proliferação do espírito Tin-Foil?
Um comité deliberadamente acívico instalou nas últimas cabeças semafóricas um novo template - Verde: Islão. Amarelo: Revolução. Vermelho: Bachus. O trânsito de Caos ondulatório-corpuscular que era passou a Caos-Consciente. O bacalhau então começou a mexer a cauda. Não tinha Brás à vista.
Se acha esta história idiota tem companhia. Nós também. O facto de ser verídica não é desculpa nenhuma.

Pouco parking para as ambulâncias

É oficial: Portugal tem o terceiro maior parque de automóveis da Europa. Agora com o brio nacional espicaçado por esta honrosa posição a tendência autista vai continuar em alta e, em breve, estaremos no primeiro lugar no ranking mundial ex-aequo com os EUA, logo, na esteira do general vesgo (R.E. , que na EAM - era antes dos morangos - no século passado, portanto, num axioma soberbo disse "temos que construir o futuro") há que construir mais e mais quiolmetragem de auto-estradas e estradas (ocupam neste momento 10% do território nacional) e parkings. Um novel ministro das Obras Públicas do nosso novo socialismo in progress já anunciou que o objectivo era construir mais de 300 km de estradas por ano (Bem haja!) Assim, provavelmente, 15% do território nacional dentro de alguns anos será ocupado pela rede de estradas. Outros 15 % do tn, graças à luminosa obscuridade dos negócios camarários e afins, será para estádios de futebol. O resto loteado para urbanizações.
É assim, bela e constante, a ocupação do espaço.

Contudo alguns pontos neste luminoso panorama merecem alguma atenção.
Ponto Um: as ambulâncias
Ponto Dois: as pernas.

Com efeito, num país de doentinhos e de choronas oficiais, haverá pouco parking para as ambulâncias.
Chama-se a atenção dos nossos mentores de consciência, os bombeiros, para esse facto.

E quanto à perna colectiva, a perna portuguesa? Que lhe estará acontecendo? De tão pouco andar vai-se atrofiando. Mas sejamos optimistas, e confiemos no desenvolvimento, talvez, no futuro, esse ridículo apêndice, (uma obscolecência evolutiva) será eminentemente substituível por próteses tecno-orgânicas. Um pé de porco articulado com um cérebro de couve, quiçá (para os nature-organic) ou um novo selector de botões com onico-motilidade acrescentada pra os mais tecno-oriented?

2006-09-23

consistência

O novel desporto de dizer mal do país tem muitos adeptos, mas maus praticantes. A decadência do dizer mal de Portugal, diz-se muito mal mal de Portugal, tem a sua contrapartida no exército dos Candides, que se sentem bem neste buraco, que evolui para as narrativas modernistas, cheio de automóveis e de condóminos, e para quem tudo está a correr optimamente, e o cimento é lindo.

Segundo a última estastística que hoje apareceu no jornal O Sol, os números do descontentamento cresceram significativamente: 24% dos portugueses (candides nouveaux que buscam um Eldorado aqui mesmo ao lado) gostariam que fossemos parte da Espanha.

O nosso actual socialismo in progress já abriu as portas, com o fecho das maternidades, para que já se possa nascer lá, na Espanha, del mio Cid. Recomenda-se ao gestor racional que é o ministro da saúde que abra mais maternidades por aquelas bandas. Toda a raia pode começar a ir nascer para Espanha, o que aumentará sem dúvida o número de portugueses desejando ser espanhóis.

De resto já andamos meio vestidos por eles, além de gasolinados. E a verdade é que os bancos dos espanholitos crescem a olhos vistos, e eu que não sou nada nacionalista começo a pensar se não devia ler mais Camoens, em voz alta, a qualquer hora do dia, para todos vós, hipocritas cidadãos, meus semelhantes.

Um barco na ponta da língua

Susana Seven volta a reincidir. O seu mundo saiu do circo, entrou nas iluminuras, escapou das garras de Gilles de Rais, passou a dançar diante do Marquês de Sade - resultado, um daqueles circos intimistas com personagens além do bem e do mal, falsos contemplativos que saltam do tinteiro, autênticos freaks que perderam todos os bosques, fadas em queda livre, faunos miniatura e outra gente anómala que se vê na porta do cavalo a sair dos filmes de fellini. Personagens que do outro lado do espelho somos nós, portugueses, com ou sem lata de conserva à roda, e que se universalizam com a leveza das flores carnívoras. Exposição num espaço excelente, em Guimarães (onde parece que de vez em quando Portugal desaparece e recomeçca) , na Galeria Gomes Alves. Um mundo portátil, encantatório - sabores de um Sétimo Império, as agilidades de uma presença leve, intensa e subtil.

o meu espelho é uma árvore


lichens on maple tree bark 2, originally uploaded by Martin LaBar.

2006-09-22

Regresso


Bialetti Robot, originally uploaded by _Zeta_.

regresso a casa. Tudo estava à minha espera, nunca tinha havido mundo lá fora porque o mundo inteiro tinha ficado em casa.
as luzes tem que ser acesas à mão, não há portas automáticas. sou eu quem faz o café. é o café que me faz a mim.

nobody in sight, not even yourself


, originally uploaded by Bruno Taddei.

Shunyata


, originally uploaded by Bruno Taddei.

Nada como ver o tempo ao contrário, ter um blog no paleozóico, uma cabana na pós modernidade, e sair de casa pela janela.

"Carne esposta"

Quando comer um bom risotto, uma chicken tandoori ou um simples frango na brasa esta imagem não me vai perseguir. Mas a verdade é que tiveram que se prender estes frangos todos, mesmo mortos ameaçavam fugir.

outra terceira margem


, originally uploaded by Bruno Taddei.

deve ser do fim do verão, encontro passagens por todo lado para a terceira margem.

Choosing the ennemy´s shirts


Frog!, originally uploaded by jessamyn.

Um blogão. Há gente que entra a matar e faz logo um blogão (félix) em que despeja metade da sua weltanshaung: o que pensa fazer às palmilhas do Papa, o que pensa do paleo-cristianismo, do refutado Édipo, dos suicidas islâmicos, do credo liberal pós kantiano.
O blogão é um blog de opinião maximizada.


Uma variedade sapina do ideoblog.


Blogcedário


30+ years later, originally uploaded by jessamyn.

Nesta narrativa metamoderna - O Blogistão - o blogcedário necessário para o interpretar é um work-in-progress. Por exemplo, um blogicida é alguém que usa o blog como um confessionário - mas sai-lhe mal o tiro e, em vez de se matar, mata todos os seus alter-egos e ficamos penosamente diante do seu paleo-Ego pré-blog.

Um blogmentalista, por seu turno, é alguém que usa a atmosfera mental do blog para comunicar o seu sistema de crenças - acredita em x ou y ou z - e pior ainda faz campanha disso.

Mas, em contrpartida, temos o blogiilista se serviço. Felizmente, não deixa escapar novoas correntes missionárias seja a favor da nova cyber-burocracia, da velha teo-cyberlogia ou doutra coisa qualquer.

Há ainda o blogado permanente, género de personalidade convertida recentemente ao Bloguismo, e que só pensa em termos de blog.

Por agora, sejamos blogcisos, concluamos olhando o relógio. O anjo gordo nunca perdoa.

2006-09-18

Coercividade


O nosso estado socialista, que tem como axioma a liberdade, é cada vez mais coercivo e mais totalitário. Quer a liberdade abstracta de dez milhões de pessoas e para isso priva cada um da sua, em nome do Grande Todo, do Progresso (esse deus constante dos presidentes), da Modernidade (a Musa, a superstar dos presidentes de câmara) e dos Deus-envolvimento (o deus maior da trindade republicana de Progresso, Modernidade e Desenvolvimento.)
Agora vamos ter um passaporte que faz as delícias dos americanos e dos que chegaram tarde a Fpessoa. O pintor Júlio Pomar que entre outras coisas se especializou em fazer Fernando Pessoas estilizados, longilíneos, tipo logotipos do metro, foi convidado para implantar um desses FPessoas no passaporte. Lá está ele FP, em ele-mesmo, sem os heterónimos, gravado num passaporte brinde aos serviços secretos americanos.

2006-09-14

O rio abriu-me a porta


The old red window, originally uploaded by lejson.

Hoje tive direito a mais de uma hora de silêncio completo. Ninguém ma deu. Fui eu quem ma ofereci.

Depois o rio abriu-me a porta. As águas não sâo possessivas como certas mulheres e as montanhas. E tornam a pessoa libertina, no sentido antigo do termo.

o rio, de resto, tem uma infinidade de portas, mas uma vez aberta a primeira todas se abrem.

a terceira margem do rio


Over the bridge, originally uploaded by lejson.

gosto de viajar sem destino, com toda a objectividade mas sem objectivo - assim posso ver de onde salta a lebre.

assim desta maneira, quando muito com o receptor de acasos organizado e aberto, atravessar a ponte não é só atravessar a ponte e chegar à outra margem muda de facto a margem.

2006-09-11

g


A gentle kiss, originally uploaded by lejson.

Hoje nâo vi televisâo . Nâo vi a cara de nenhum políico nem de nenhum futebolista. Sobretudo nâo vi a cara de nenhum dirigente, de nenhum papa. Em contrapartida estive no lago e depois no flickr encontrei isto. Devia ser assim. Pelo menos ainda é assim. Podem ficar com as autoestradas, e outros brinquedos de asfalto e cimento. Mas nâo apareçam. Hoje, pelo menos. Fim da era dos tubos de escape. Hoje, pelo menos.

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO

Um salto de golfinho para as vítimas do Nine Eleven. Para os cobardes, para os heróis.

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Stenella Frontalis


Stenella Frontalis, originally uploaded by PedroMadruga.

No aniversário do NINE ELEVEN, em memória das vítimas.