/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: 2007-12

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力

LES PRIVILÉGES DE SISYPHE - SISYPHUS'PRIVILEGES - LOS PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO - 風想像力 CONTRA CONTRE AGAINST MODERNISM Gegen Modernität CONTRA LA MODERNITÁ E FALSO CAVIARE SAIAM DA AUTOESTRADA FLY WITH WHOMEVER YOU CAN SORTEZ DE LA QUEUE Contra Tudo : De la Musique Avant Toute Chose: le Retour de la Poèsie comme Seule Connaissance ou La Solitude Extréme du Dandy Ibérique - Ensaios de uma Altermodernidade すべてに対して

2007-12-30

OS INFERIORES GOVERNAM



"One of the penalties for not taking an interest in politics is that you end up being governed by your inferiors". --Plato 400BC.




"Uma das consequências de não ter interesse na política é que se acaba governado por gente inferior" Platão dixit há 400 anos. Mas podia ter sido ontem, dado que desde os Urais à Costa do Allgarve vê-se um carreiro de inferiores, construtores de auotestradas e de supermercados e de centros comerciais que não cessam de aumentar o seu poder.
Quando os inferiores governam, as nações empobrecem. Lord Drummond

2007-12-28

QUASE UM ÂNUS QUE ME FUÍ


Um ano não faz um mago
e já lá vai um ano
camano!

que ando nuvem daqui
práli
feito sisifeto

do Elmano,
cara
ldo!

Eu que era
um ra
ça
dum Raiu!

AS ONELHAS DO ONIL


As onelhas do onil
estão atrás
e estão à frente
e num riso só perfil
dizem não ao vento
sim ao ventre

por isso ácida bocarra
ferve pra baixo
com estalo e pivete
só para lembrete
de que este país
é só freudete








de olho ao peito
de olho na mão
de olho em punho
segue o pu eh!
ta
caminhando
por cima du
cu
razão



2007-12-27

POSE DE EPIFANIA (SONETO MUITO INACABADO)



O Castelo iluminado: um ministro a nascer
e o povo na rua abençoado diz "catita,
peuga de futebolista, talismã, bem querer,"
enquanto um soldado raso, ganda filho da pita,

bebe todo o vinho do rio e deixa Lisboa a arder

EPIFANIAS COM DESCONTO

não se pode tomar banho no rio tejo é o que é. água marada. pútrida. oleosa. cagalhosa. a ponte uma parvóice não dá para um mergulho. sempre uma estúpida fila de um lado. fila estúpida do outro. proibido parar.
porque se faz uma ponte se não se pode parar no meio da ponte?
uma cidade diante do rio. ninguém pode nadar no rio. não se pode tomar banho no rio tejo é o que é.
que me interessa mais um aeorporto? não me interessa nada. não se pode tomar banho no rio Tamisa é o que é. fede. nem no tibre. eu vi.fede. nem no sena. fede. nem no ródano.
fedem os rios todos da europa. o danúbio. o moser. o Edla. o Vístula. o Nevia. o minho. o guadiana. fedem. para que ir de avião ao Volga? fede.
que me interessa o aeroporto? os aviões são mais feios do que uma caravela. a comida de avião nem a um condenado se dá. o pão do avião que o comam os governos. inodoro. insípido. higénico. branquíssmo. inodoro. fede astralmente.
vão-se lixar. não se pode tomar banho no Tejo. eis tudo. vão-se foder.

EPIFANIAS COM DESCONTO

Nunca li a Bíblia mais do que dez segundos de seguida. tudo me maça naquele livro. os elohim criaram o mundo. não fui eu. os profetas andavam sempre irados. nenhum deles viu o Groucho Marx a patinar dentro dos Grandes Armazéns. Charlie Chaplin não está mencionado em parte alguma. Manuel de Oliveira que é mais velho do que Portugal não aparece nem no no Antigo nem no Novo Testamento. a minha rua é completamente ignorada. se eu fosse seguir aquela dieta marada morria. o que aconteceu em Sodoma? parece uma bomba atómica. as histórias dos evangelistas. precisavam de 4 tipos diferentes a contá-las todas mal? moisés divide as águas e pira-se do Egipto com o faraó atrás dele. valia a pena correr atrás de Moisés. Mas ele com aquela vara mágica não podia parar o faraó? Job esta sentado num monte de estrume. nós em molaflex. Jeremias grita no alto dos muros. as muralhas de Jericó caiem ao som das trombetas. é a única frase da Bíblia que posso assinar por baixo. louvável. Empresta-me essa trombeta elohim. irei diante das muralhas do Cacém, das muralhas do Algarve, das muralhas de todas as empreitadas soprar com førça.

EPIFANIAS COM DESCONTO

Descobri que escrever a dormir é o melhor que há e a mensagem de um texto escrito a dormir a mais sublime. Acordar para quê? Abrir os olhos para isto: a televisão. outra vez uma explosão no iraque. o rally dakar. o que disse o bush. a cara do jardim gonçalves. os prémios do Ronaldo. as iras oblíquas do Liedson
escrevo a dormir tudo é futebol e nada mais existe do que o futebol. não foi deus que criou o mundo. o futebol criou o mundo mais depressa do que deus. em menos de sete dias.
não foi o futebol que criou o mundo. jardim gonçalves criou o mundo. o cartão de crédito criou o mundo. as autoestradas criaram o mundo.
sigo a dormir pela autoestrada. percebo que foram as autoestradas que criaram o mundo. não foi o cartão de crédito. acordar para quê? foi tudo feito a dormir. estamos a dormir. dormimos sempre. para sempre dormiremos.
o mundo foi criado por um estado de sono. durante sete dias soporíferos. sempre as coisas todas a dormir. per saeculo saeculorum.

2007-12-22

O ROBERTO ILUMINADO





Já se percebeu que o engenheiro Sócrates é um parvenu. A cada novo feito, na sua cavalgada de feitos políticos - por mais pindéricos e magros ou desproprositados que sejam - acciona as trombetas wagnerianas, e proclama ao Universo a Nova Montanha que cruzou, o novo Panteão que inaugurou, o Novo e Decisivo Passo, o Sinal Claro que deixou, a Marca na história que imprimiu. Deste modo, qual Moisés o homenzinho anda sempre a descer da Montanha com as Tábuas da Lei, e assim a era que se vive é e será AS (Antes de Sócrates) e DS (Depois de Sócrates)

Tantas vezes o tem declarado: gosta de imprimir Marcas . Depois da sua era vai ser um vê se te avias de Marcas por todo o lado. Qual César que deixou marcas do Tibre à Gália Transalpina, e do Ródano à Galiza, eis mais um César - sem a grandeza deste todavia - um Cesarito periférico, empenhado em deixar Marca por tudo quanto é sítio.

Lembra um animal aflito, hiperterritorial deixando as suas "marcas" um pouco por todo o lado na esperança que reparem nele - e na verdade tem tido êxito, repara-se nelas sem dúvida, as marcas deixam mau cheiro. Conseguiu transformar um partido que andava com alguma higiene e ideologia numa espécie de socialismo fedorento.

De cada vez que abre as buzinas - e está sempre abri-las, com voz esganiçada (Mas se o Cavaco teve a humildade de ter lições de dicção - sem grande resultado, mas enfim porque é que este que se ergue nas pontas dos pés e fala à padre não haveria de as ter? Deve reinar grande surdez no largo do Caldas, uma falta alarmante e significativa de ouvido musical) - proclama Triunfo, Hora de Glória, Abriu-se uma Novo Dia, Chegaram os Céus Radiosos, Agora É que É . Tudo isto é dito meio aos gritos, porque o homenzinho tem uma voz de híbrido de padreca com Roberto. De facto, lembra sempre um Roberto, um fantoche, que surge com voz de falsete aos gritos a dizer Ena Mais um Triunfo, sou Muita Porreiro Meus, Deixei mais Outra Marca.

Ou seja, em pouco tempo, mesmo antes de abrir a boca conseguiu tornar-se intolerável e portanto, já foi - não pelo PC (que de resto se parece com ele em melodrama) - mas por boa parte do povo português marcado a ferro, como um Roberto Banha de Cobra de segunda divisão.

Provavelmente tem um colectivo de assessores que lhe escrevem os discursos. O homenzinho não sabe falar, mas tem um talento: uma dicção hipnótica com a qual com os seus gritinhos de madame Dupenthal (uma célebre histérica que dizia que era a Imperatriz de Marte) conseguiu adormecer uns quantos cidadãos que votaram nele.

Há também uma verdade desoladora - não ten oposição nenhuma. Os marretas em que se tornaram toda a classe política portuguesa estão ao nível dele.

Entretanto veja-se no artigo acima o que a UNIÃO EUROPEIA - verdadeiro covil de burocratas de olhos podres - quer fazer às nossas oliveiras centenárias, plantadas por quem sem grandes histórias nem proclamações, agindo humildemente mas com tenacidade, fez história - os nossos avôs e avós, camponeses e lavradores que plantaram preciosamente todas estas lindíssimas e já majestosas Oliveiras que a ignara e cega União Europeia com mais uma das suas "directivas" estúpidas agora manda arrancar, e que mercenários vendem para países que por alarvices idênticas percebem que perderam o seu património arbóreo e vão sacá-lo a palermas e oportunistas.

Ou seja: estão-nos a arrancar a melhor memória e a maior beleza.



2007-12-21

ESPAÇO SHENGEN

ESPAÇO DE LIXO PURO

TERRIBLE IS THE EARTH (Herman Melville)





Ah! hoje em dia tudo tem que se dizer atrás da Lua. E além disso falar com a boca cheia de cinza - chegaram os dias despóticos de novo. O ditador é fluido e longo - é o tempo todo. As suas maquinetas encheram o espaço inteiro - não nos deixam ser da terra, do seu canto rude

Assim tropeçamos sobre calcinações, restos da chama ruiva do porvir.Morremos todos por uma delicadeza imbecil? as listas telefónicas abrem as suas grutas de Neptuno. Mas não temos sereias novas para povoá-las. Onde pára o mundo antigo e os seus deuses? A porta de carvalho da casa de Miguel Torga está partida no chão. Então como entrar na poesia da montanha?

O homem condenado entretanto faz anúncios para shampôs de cabelo. A beleza plástica encheu-se de novos formigueiros. Mas há uma ruga, um tique, nos olhos do Natal que nos devora. Como ouvir os sinos, se as festas apodreceram debaixo de montanhas de lixo as únicas a que subimos, cravando nelas as inúteis bandeiras?




2007-12-20

O CANAVIAL ENGENHOSO

A tua vida é um segredo, não a divulgues. Enquanto as pipas de vinho do vento rolarem, canta-a.

Confronta-te com Jacob, que venceu o Anjo, e vence-o por tua vez.

Não escrevas no nevoeiro, papel velho de tanto lamento.

As tuas almofadas riem-se das tuas memórias.

Mesmo os teus animais heráldicos a dada altura partem, quebrados ou roídos pela amnésia.

Tiveste o Príncipe de Lampedusa como teu jardineiro? É certo, mas terás que aprender a ver a chuva miúda no dorso dos caracóis.

Mármore quebrado de tanto Imperador... mas parece que nunca se aprende.

Ganhaste a tua batalha de poder, e nunca mais te viram em nenhum palácio ou assembleia de nobres ou vilões.

Uma Cicatriz de Génova divide as tuas palavras? Conta sete anéis de oiro no voo de cada andorinha e depois fala-me.



OILVEIRAS




Uns burocratas sentados à mesa em Bruxelas, de repente decidem acabar com séculos de cultura: Arranquem as Oliveiras Velhas! escrevem secamente nas directivas. Substituam-nas por árvores novas! grita um cérebro podre, bruxeliano, de eurocrata de secretária.


Quem viajou por Espanha já viu a monótona e deprimente consequência de arranques de "árvores velhas" ( ouro racismo etário) substituídas por monótonos exércitos de árvores, alinhadas em quadrícula, em formação militar. Centenas de quilómetros quadrados deprimentes que deram cabo da paisagem. Sumos para o Insecto Colectivo.

Mas agora torcem os pulsos por terem cometido um eco-crime, um verdadeiro massacre dos inocentes.

Em França, há uns bons trinta, quarenta anos aconteceu o mesmo - em nome da agricultura industrial - arranque de árvores velhas. Agora estão arrependidíssimos.
Mais outro massacre que podia ter sido evitado.

Porque sucede que as árvores velhas são justamente as mais belas, as mais insólitas, as que tem mais poder - resistiram a séculos e a mais resistiriam - foram plantadas pelos nossos avôs e bisavôs. Representam a memória.


Mas de repente um Careta burocrata em Bruxelas, um eurocrata de cara aborrecida, faz um click, a directiva surge: arranquem-se as árvores velhas.


E pouco depois os inefáveis bulldozers aparecem e destroem-se num ápice - em nome da produtividade ( curioso fantasma muito apreciado pelos soviéticos de má memória) - séculos e séculos de árvores multicentenárias - são elas que fazem a beleza das nossas paisagens.


Ou seja, não só contente com impor-nos milhares e milhares de regras absurdas a CEE está-nos sistematicamente a roubar a beleza e a memória.

GLORIA

2007-12-18

E se esta notícia estivesse na Primeira Página?


E se o título fosse: Monumentos vegetais portugueses a saldo





Olha só para estes estúpidos:








Tirado do blog: Quando o Rei Era Sabão

2007-12-15

INDEPENDENCE

Em dose dupla: Raise Your Flag, Cunhe a sua Moeda! Não deixe que outros lhe digam o que tem que pensar!

4 AFORISMOS E UN CADAVRE EXQUIS SOBRE A BARBA






A barba é um bicho atravessado na cara

A barba de Deus cola-se com a do Diabo enquanto
la femme à barbe coça o olho do cu

Estou de barbas às avessas com mais de metade de humanidade

A alma da barba pisa o rabo ao bigode

A barba do morto sorverá o elixir da viúva

2007-12-14

CORO DAS MAMAS DESAPALPADAS



Do Livro "Viagens por Terras Estranhas"

O Dante eterno que é cada poeta está em viagem e chega a um sítio onde ouve este coro lamentoso:

Somos muitas, somos sós
passámos a vida
empinadas
mas nem mesmo assim, dedo, língua
ou mangalho erguido
nos tocou

mamas viúvas de dedos
mamas que não se ligaram
a vulvas
solitárias eremitas
onde não cresceu gerânio
de um afago

agora estamos no inferno
nuas diante umas das outras
virgens no inferno!
e sem nenhuma
história para contar
neste sítio onde não há livros
nem Justinas

estamos sós, etéreas, níveas,
astrais e deslocadas
sem sequer um corpo
onde regressar
Oh vós que nos ouvis
passai a cavalo longe
não nos perturbeis

o lamento, o coro ático
que nos embala como uma
onda sem mar


Imagem, manuscrito de Kavafis


Episódio narcisico número 7857

O Sísifo olha-se de novo ao espelho e descobre que tem o deslumbrante ranking de 1, 391, 575

e que a sua a Autoridade vale 5

Accionistas estejam atentos!

Entretanto o caro leitor faça o favor de Favourite it.


現代性に対して - 風想像力

Rank: 1,391,575

O SÍSIFO DA ECONOMIA



ESTA é a moeda de 1 cêntimo, muitas delas juntas chamam-se "cascalho". É uma desprezada. Apesar de lhe terem dado um bronzeado de quem saiu de um solário no Algarve, não faz mal não receber uma ou não dar uma. Ah! não faz mal... Esta moeda a palavra que mais ouve sempre que é preciso dá-la ou recebê-la e não a há que chegue, é mesmo essa "Ah! não faz mal". Por isso é candidata a Moeda Tanto Faz

posto que, como diria Dona Bismarck Anacleto, a referência dos economistas nacionais (doravante a Antónia Vitorina do Sísifo), se não faz mal que não se dê e se não faz mal que não se receba é porque tanto faz tê-la como não tê-la!

Vergados pelo poderoso raciocínio, digno da terceira bancada do parlamento, passaremos portanto (esta palavra portanto deve ter uma maquineta lá dentro que explica tudo) a considerá-la a Moeda Tanto Faz Topo de Gama.

Vejamos a estética e o simbolismo da dita (já que o dinheiro além de não ter cheiro também não tem ética, embora seja ele a escrever os novos 1o Mandamentos, que nesta altura do campeonato devem ser praí uns Dez Mil Mandamentos).

A pequena, mas grande! moeda na face verso está rodeada por um círculo de estrelas descaradamente roubadas à bandeira dos EUA. Estas pindéricas estrelas de cinco pontas, não de seis, nem de sete nem de n estrelas, são supostas representar - o significante é denso e despótico - cada país.

Mais uma vez Dona Bismark Anacleto (A Antónia Vitorino do Sísifo), eminentíssimo economista esclarece que cada país foi considerado uma estrela, e cada um deles portanto (cá está o portanto com uma maquineta que fala muito lá dentro) é igual aos outros.

Enfim, temos o círculo exterior de estrelas ( mais propriamente dito o círculo estrelino da bordadura) e Dona Bismarck Anacleto, o landmark dos economistas nacionais (A Antónia Vitorino do Sísifo, não será demias dizê-lo), la crème de la crème da mui digna classe que tanto tem feito em prol da asfaltização do país e arredores (nunca esquecer o prometido mini aeroporto das Berlengas, uma coisa simpática e agaivotada, com mini solário) contou-as! E este número - após aturada ponderação e estudos pagos a 10 mil euros hora - é o número que foi calculado depois de madura reflexão e cálculo assistida pelo Laboratório de Engenharia Civil, o LINETI, e os HUEC e o C.A.S.C.O. - é o número que há tanto aguardávamos e que a Serenela de Andrade do Sísifo, madame Mouse, vai agora anunciar:


São 12 Estrelas 12 ! Doze!

Mais uma vez Dona Bismarck Anacleto (glória da economia lusa, sucessora da mulher-homem, uma gorda
(depilava na Baixa), que a ironia das musas nominais chamou de Maria de Lurdes - em comovedora memória à anciã de Lourdes, uma senhora toda de branco que cura com homeopatia e sugestão magnética, em Lourdes, terra de promiossores aeroportos - de apelido Pintassilgo, (porque nada mais popular que um dirigente com nome de passarinho) explica-nos desvanecida o simbolismo do 12:


12 são os apóstolos (os famosos maridos das epístolas)
12 são os meses do ano (o ano Papal, não sei como os ingleses os mais famosos antipapistas andam há que anos a seguir o calendário Papal, acrescenta num sibilo férvido de ibndignação contida Dona Bismarck)
12 é 6 sentidos x 2 (cabalística e novel explicação perante a qual inclinamos o bestunto até ao chão sagrado que Dona Anacleto Bismarck pisa)

Mas a coisa não pára por aqui. É o páras! e tem para aí mais 12 mil explicações sobre o 12 (os 12 signos do zodíaco, os 12 de Inglaterra, os 12 da Alemanha - cada país empencou de um modo ou outro num mito virtuoso sobre o 12 e por isso remetemos o nosso mui indigno leitor para a numerologia, a cabala ocidental e oriental, e a página 12 do jornal.

Enfim são 12 estrelas 12. E - significado emérito - funcionam como fronteira do círculo interior.

Este C.I. contem Portugal esotérico e peras! lá dentro. Como Porkêra o nosso colaborador, um caso raro de ascenção social contínua, e um leitor apurado das "narrativas simbólicas" ainda não chegou ao país, onde o aguardaria no aeroporto uma coorte de maroradas indignadas, interpetemos com a prata da casa.

Com efeito, que simbolismo catita, no interior! Ena! toda a essência cabalística da lusitanidade no círculo interior como diria o António Telmo, o homem que explica o Portugal Templário e outros mistérios momentosos que já existiam antes da décima segunda edição do código Da Vinci. Veja-se.

Na bordadura do semicírculo interior, portanto (grande palavra cheia de maquinetas lá dentro que o Sísifo roubou ao Jerónimo de Sousa, um verdadeiro homem máquina, cujos iluminados portantos tanto tem, portanto, feito avançar a ciência lusa) encontram-se 7 Castelos 7 que conforme apurou Dona Bismarck Anacleto são os constantes das armas de Castela.

ora veja-se o brasão de armas de Castela ao alto.

Chegada a este ponto do seu estudo, Dona Bismarck Anacleto começou toda a tremer de alegria e telefonou para o neto secreto de Miguel de Vasconcelos, o defenestrado, um tal José Vaconcelos Saramago que mora numa das ilhas da Madeira dos Espanhóis, tipo bares por todo o lado, europeus ricaços de classe média também por todo o lado, e um sem número de chalets com "green" e "swimming -pool" à esquerda e ao fundo. Eis o que ela gritou cheia de emoção ao telefone:

Saras! (a intimidade permite-lhe tratar assim a veneranda figura, a qual, malgrado andar de cadeira de rodas sente que há um destino ibérico imenso que nos aguarda),

Saras! Ganhámos!

Do outro lado da linha chegou uma tossezinha simpática de avô ossudo que disse comum doce pigarro: Ganhámos o quê Bismarkinha?

Ganhámos a batalha ibérica, em prol de uma Só Ibéria Imensa e Unida!

Como assim, como assim, Bismarkinha?

Então, Dona Bismark Anacleto, a Antónia Vitorina do Sísifo, respondeu triunfante:

- já lá está e não é só na puta da chapinha junior, está em todas no Verso das Moedas de
euro de Portugal!

Saramago demorou uns momentos a refazer-se. Depois, num pigarrinho contínuo com um simpatico fungado à anúncio de comprimidos para a tosse da PT Comunicações SA disse:

És genial Bismarkinha. De facto ganhámos a batalha da economia. Portugal já tem as insígnias de Castela na moeda. Caraças, minha! Que dia glorioso.












TURISMO DE CRÉDITO


todas as viagens turisticas são falsas viagens em que se encontram cidades falsas, onde pessoas de cenário servem comida de cenário

tem o alto mérito de desaparecerem da memória e encherem os bolsos dos bancos

entretanto aprenderemos, com gosto, a comer dinheiro e cartões de plástico. Já há línguas treinadas que engoliram dez cêntimos

ao que parece a delicada moeda de dez cêntimos sabe um pouco a cimento - que é bom, a alumínio que é doce e suave como o mel, a níquel que tem um travozinho de asflato e a crómio, que faz brilhar as orelhas

Hell is a place where there are no books, just tellies everywhere

Hell is a place where you see no brooks, just highroads from everywhere to everywhere

O Inferno é um sítio onde não há livros, apenas televisões por todo o lado

O Inferno é um sítio onde não correm águas livres, apenas autoestradas de nenhures para nenhures



LOVE HURTS

O MOLOCH EUROPEU QUER PÔR-NOS A PATA EM CIMA


Nesta foto 4 demónios pobres, num cenário pobre, de casa de banho pobre, ao lado de uma porta pobre, de alumínio, todos vestidos de cangalheiros, (Excepto um que está vestido de padeiro de supermercado da ASAE) benzem-se e benzem o dia de ontem, o da assinatura da Facada no Ventre da Pátria


O Monstro Europeu teve ontem o seu dia festejado com um bodo aos pobres: metro à borla. Prometedor e significativo: é debaixo de terra que vos querem.

2007-12-12

IMAGENS DO NOVO TOTALITARISMO: AS AUTOESTRADAS

As autoestradas são a imagem da viagem despótica e totalitária. Se quisermos sair do carro para contemplar uma ginko biloba não podemos. Se quisermos ir a pé para a outra faixa ver e respirar uma acácia em flor não podemos. Se um animal a quiser atravessar não pode. Se quisermos encostar à berma e tirar uma soneca...

Numa auto-estrada os únicos pontos de paragem são nas Estações de serviço. A comida aí é má. As sandwiches caríssimas. O café servido por umas meninas amuadas ou indiferentes, da nova geração chateada. Há bichas para tudo. Parecem pequenos supermercados. Um festival de bandejas aponta para a obrigatoriedade do self service. A filosofia escrava da cantina surge. O portuga self-escravo, e self-modernista senta-se, então à mesa, com vista sobre o parking. O circuito do autismo fica completo.

ARQUEOPTÉRIX


HOJE EM DIA é um fóssil simpático e dá que pensar. O homem um dia será um fóssil simpático ou um monstruoso fóssil, que encheu o planeta de lixo, gases, plástico, rotundas, polícias dos costumes, passaportes, chips indentitários, primeiro-ministros iluminados, autarcas, supermercados, parkings, chatíssimas auto-estradas, janelas de alumínio, rallyes, explosivos e claques de futebol?

2007-12-11

2007-12-10

PONTE PERFEITA DE PARVOÍCE

Imagem tirada do notável Blog Wehavekaosinthegarden


Logo ao abrir a II Cimeira UE/África, o PM com o seu típico e reduzido vocabulário, de resto fornecido pelos seus assessores (porque o homenzinho já não abre a boca sem consulta prévia) escolhe a metáfora significativa, Portugal é a «ponte perfeita» entre a Europa e o continente africano.


Esta ideia de Portugal ponte perfeita, caso seja aplicada transforma o país ainda mais no que perigosamente começa a ser, num ponto de passagem, num prestador de serviços. (já o é para passagem de droga pp. dita, de rallies absurdos como o Paris-Dakar, agora será para a passagem de droga ideológica). É uma pessíma metáfora - reduz o país a um corredor.

Sócrates disse que o diálogo entre os dois continentes será «entre iguais» e declarou que todos os portugueses partilham a sua opinião.

Esta é fantástica. Num passe de mágica o Oráculo interpreta o querer de todos os portugueses e sente-se legitimado por essa esmagadora maioria que ele inventou na hora H. Ora sucede que eu não partilho a sua opinião. PM! não se encoste à minha opinião, não faça coincidir a minha opinião com a sua. De resto, inúmeras pessoas vivas e de olhos abertos não partilham de todo em todo a sua opinião neste particular e em muitos outros.

O PMN afirmou com aquele ar jeová-messiânico que a Cimeira era um diálogo entre iguais. Passando por cima do óbvio paternalismo, na verdade, na prática, dado que estão presentes três Grandes Criminosos de Direito Internacional (Mugabe, além d homem do Sudão (Darfur!) e o da Tenda, outro psicopata que anda com fraldas na cabeça) extrai-se desta afirmação que o governo português se sente igual a governos criminosos. Ficámos a saber.

Em suma mais uma daquelas declarações não só infelizes mas altamente precipitadas. É a pressa em ser igual. O PM a querer normalizar 3 Criminosos e apresentá-los como Iguais. Iguais, à sua Tia!

"Esta cimeira criou um verdadeiro movimento de jovens, autarcas, e cientistas, que se mobilizaram para discutir os problemas comuns dos dois continentes», afirmou.

Lá tinham que aparecer "os jovens" , de facto com uma profunda experiência das realidades africanas e europeias, ( o Papa também apela sempre para os Jovens". É uma mania da Terceira Idade compreensiva), os autarcas uma gente espantosa, fazedora de rotundas e os cientistas, que neste caso devem ser uns quantos engenheiros, para dar o aval.

Noto que não referiu os escritorres, os cineastas, os sociólogos e os historiadores, que esses sim, teriam uma palavra a dizer.

Para Sócrates a mensagem a dar é que «não temos mais tempo a perder».

Lá está de novo o homenzinho, todo impaciente a acelerar e a precipitar as coisas. Está sempre à bout de souffle, a pressionar toda a gente para a acção. Desde que haje acção por mais parva que seja, o homenzinho fica feliz.

E declarou que este é o «momento para construir novas soluções para os dois continentes».

Outra vez a palavra "novo". Parece um anúncio publicitário. Novas soluções para a sua casa. O novo detergente. O novo colorante para o cabelo.

Enfim, além de uma trivialidade inconsequente quais serão as "novas soluções" criadas por um grupo, um think-tank, que inclui 3 Grandes Criminosos? Novos campos de massacre, inspeccionados pela ASAE? Introdução de milho transgénico nas Reservas naturais?

A presença de muitos dirigentes europeus africanos levaram o chefe do governo português a considerar «o sinal mais claro que tínhamos razão». Mas um deles abandonou a cimeira...será um sinal escuro?

Esta escolha de palavras é duvidosa: Sinais Claros? ficamos a saber que há sinais escuros e sinais claros. Se muitos dirigentes africanos estão presentes, vale o peso dos números, é o sinal "claro" daquilo que o PM mais gosta , ter razão.

"Este é o momento certo para fazer a cimeira», explicou.

Sem adiantar razões nenhumas. Sentiu que "tinha razão" e para quem tem razão tudo está certo. O iluminado proclama dogmas a cada passo.

Dirigindo-se aos líderes políticos presentes disse que nenhum estava em Lisboa apenas para responder a um convite de Portugal, da UE e da UA, mas para responder a um desfio da história.

Eis Sócrates oráculo, o PM intérprete da historia. Mugabe e os 2 colegas criminosos não estão em Portugal porque tenham sido convidados por Portugal, UE ou a UA, mas sim pela História -

«Um desafio para escrever em conjunto uma página nova nas relações entre os dois continentes», afirmou.

Qualquer treinador de 3ªa divisão em qualquer circunstância diz melhor do que esta banalidade. Escrever em conjunto uma página nova.... o pior é que com o estilo de redacção primária para fóssios e bedungos a que nos habituou, a página nova foi escrita de um modo ainda mais tonto do que as antigas.

2007-12-09

O SÍSIFO VAI À CINEMATECA

Festival Temps d'Images
em colaboração com a Cinemateca Portuguesa
10-15 de Dezembro de 2007

o cinema à volta de cinco artes - cinco artes à volta do cinema (2)
cinematografia - coreografia

SEGUNDA 10/12
19H00 SALA FELIX RIBEIRO
com as presenças de Jean-André Fieschi e João Bénard da Costa
SLON TANGO de Chris Marker (1993)
(...) Mas que está este elefante a fazer, esse espantoso animal, que aspira e sopra o pó na sua coreografia dissonante de tudo excepto da música que estamos a ouvir? Como em Lumière, é um filme de um só plano, um plano-filme mais do que um plano-sequência. (...) O plano, esse bloco inextricável de espaço tempo dura 4’10’’, a duração exacta do Tango de Igor Stravinsky. (...) E é exactamente aí que ocorre aquilo a que temos de chamar o puro milagre do cinema: é como se o elefante ouvisse, interiormente, o Tango de Stravinsky e lhe respondesse com movimentos muito suaves, quick, quick, slow, (...) num acordo profundo com o ritmo, os seus progressos e repetições, as cordas e os sopros, os pizzicati, toda a evanescente massa orquestral que o acorrenta e que parece emanar dele. Mas que estará ele, então, a ouvir? (...)
Jean-André Fiesch
in catálogo "cinematografia –coreografia"
Lisboa Novembro de 2007
THE COOK de Roscoe "Fatty" Arbuckle (1918)
The Cook foi considerado, até 1996, um filme perdido. A película em nitrato foi encontrada nos cofres de Norwegian Film Institut . Isso permitiu-nos descobrir Fatty, na cozinha de um restaurante, lançando-se na dança de Salomé transformando uma couve na cabeça de São João Baptista e os utensílios de cozinha em cabeleira oriental enquanto Keaton se inicia na dança oriental na sala no meio dos clientes.
O ULTIMO MERGULHO de João César Monteiro (1992)
(...) Como se recorda no filme, antes das Salomés despirem os sete véus, já dizia o velho Herodes que ou te ca­las ou te fodes. César Monteiro mediu as distâncias e decidiu não se calar. Até porque este filme é também – eu diria sobretudo – um filme sobre o silêncio: uma protagonista muda, cinema mudo. Abre-se e fecha-se o som. Fez-me lembrar um texto muito antigo do Langlois, a propósito do L’Atalante de Vigo em que ele dizia que há filmes em que fechado o som, a imagem se achata, e outros em que, aberto este, a imagem adquire volume. Os dois planos-sequência das duas danças de Salomé (um, com Strauss, outro sem ele) parecem estar no filme para demonstrar que há um terceiro caminho. Se a imagem não se achata na dança muda (ou na dança da muda), é porque na retina e na memória persiste a dança musical. O que prova que o cinema é questão de tempo: sobretudo questão de tempo. E é esse tempo que vai deixando que a raiva pouse e que a ternura comece a vir à tona de água. A primeira dança vê-se com admi­ração cúmplice, saboreando as transgressões, sucessivas e compulsivas. É uma sequência de antologia. Mas é de ontologia que se trata. E, por isso, é quase impossível ver a segunda dança sem os olhos rasos de água. É já da ordem do mistério, do mistério do cinema, A grande pureza só possível no grande vazio e no grande silêncio. (...)
João Bénard da Costa in Folhas da Cinemateca
SEGUNDA 10/12
22 H00 SALA LUIS DE PINA
com as presenças de Stéphane Delorme et Luís Miguel Oliveira
SCREEN TESTS (Reel 12) de Andy Warhol
Os Screen Tests ocupam um lugar particular na obra de Andy Warhol – realizados entre 1966 e 1964, são retratos filmados, enquadrados regra geral em grande plano e filmados segundo um mesmo princípio: os retratados deviam ficar imóveis durante o tempo de duração de um rolo de 16mm. O filme, rodado a 24 imagens por segundo era depois projectado a 16 imagens, conferindo aos retratos uma qualidade particular no que diz respeito aos movimentos de quem era filmado. Os Screen Tests reúnem na sua variedade os temas principais do cinema de Warhol: a duração da imagem, os limites pictóricos do enquadramento, importância dada ao que está fora de campo, imobilidade / mobilidade, ambiguidade entre presença e representação.
LA CICATRICE INTÉRIEURE de Philippe Garrel (1971)
Bastou a Philippe Garrel um travelling circular para entrar na história. O segundo plano-sequência de La Cicatrice Intérieure descreve Garrel a caminhar em círculos no deserto, em torno da câmara: na origem da marcha, o choro de Nico (“Philippe!”) e a expressão desfeita, grave, do rapaz, de braços caídos. Garrel passa uma vez junto a Nico, passa por cima dela antes de partir para nova volta à pista. Duas grandes voltas ao som de uma música majestosa “Janitor of Lunacy”, cantada por Nico.(...)
Este travelling circular que desenha uma roda no meio do deserto marca bem o fim de um mundo velho. Foi evocado Orfeu a propósito desta marcha, forçada e obstinada, em que o poeta não se volta para trás, à procura da sua Euridice. Com os cabelos negros arranjados como um capacete brilhante, caminha ainda no plano seguinte, desta vez de frente, de cabeça baixa, ignorando Nico que grita e tropeça até ele próprio tropeçar também. (...) O encontro com a “superstar” de Andy Warhol, a cantora Nico, mantém-no no caminho glorioso daquela mitologia simples – um homem, uma mulher, uma criança, a Natureza – e há que refazer todo o cinema. (...)
A intensidade de cada plano é tal, que os sessenta minutos brilham conjuntamente sem condições: como uma constelação.
Stéphane Delorme
in catálogo "cinematografia –coreografia"
Lisboa Novembro de 2007
Programação de Terça 11 de Dezembro:
ALTERAÇÃO HORÁRIOS E SALAS
SALA LUIS DE PINA 19h00
THE STOAS de Robert Beavers – 22mn
EFPSYCHI de Robert Beavers - 20mn
TROIS JOURS EN GRECE de Jean-Daniel Pollet – 90mn
com as presenças de Cyril Neyrat, Ricardo Matos Cabo e Luís Miguel Oliveira
SALA FELIX RIBEIRO 21h30
PESTILENT CITY de Peter Emmanuel Goldman – 16mn
LES SANS ESPOIRS de Miklos Jancsó – 90mn
com a presença de Cyril Beghin, Ricardo Matos Cabo e Maria João Madeira

2007-12-07

Em termos de governo, em Portugal há sismos mentais periódicos ou apenas um estado de calamidade mental crónico?

MUGABE ESTÁ CÁ

Não gosto de viver num país que acolhe um criminoso como o Sr. Mugabe.
Nem de ter um ministro dos Negócios Estrangeiros que o convida e diz publicamente, de modo sofista: "preferiria que não viesse"

Não gosto de viver num país cujo Governo pretende que se pague 5 cêntimos por cada saco de plástico no supermercado e que, ao mesmo tempo, promove e aplaude a construção de uma grande fábrica de plástico espanhola em Sines

Plástico ou não plástico?
Valores humanos ou não humanos?

Em que ficamos?

Em lado nenhum. Vamos para Gelatina.

2007-12-06

FUTURE VIEWS

todas as bombas de gasolina rebelaram-se e roubam tesouros infalíveis e carrancudos de cada depósito , depois a noite com grandes gestos de viúva convida as flores do mal a ensinar de novo as vidas

FUTURE VIEWS

as docas do Porto de Sines volatilizaram-se num grande uivo de alívio dos penedos distantes e reapareceram os tritões sem lobotomia, depois dos homenzinhos de capacete de plástico

FUTURE VIEWS

A Torre das Amoreiras colapsada, e os grandes nenúfares depois
da lógica a cair do lado de trás da Lua enquanto o viaduto Duarte Pacheco sobe aos céus levado por todos os Anjos da Gasolina

FUTURE VIEWS

o Algarve litoral belamente implodido e a casa de adobe outra vez a surgir diante do penacho das baleias e do chamamento dos golfinhos e grandes golfadas de lata de atum a desfazer-se em novas papoulas de conhecimento

FUTURE VIEWS

Todo o bairro de Telheiras coberto de rolhas de Cortiça, a flutuar em direcção do mar da Palha, onde despareceria com um glou glou amazónico só deixando a boiar as últimas sereias.

FUTURE VIEWS

As autoestradas enterradas debaixo de areia, e rodeadas de terrenos alagados, dariam ilhas semitropicais encantadas, num novo Portugal finalmente livre de automobilistas.