/* PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力: 2006-10

PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO 反对 一 切 現代性に対して - 風想像力

LES PRIVILÉGES DE SISYPHE - SISYPHUS'PRIVILEGES - LOS PRIVILÉGIOS DE SÍSIFO - 風想像力 CONTRA CONTRE AGAINST MODERNISM Gegen Modernität CONTRA LA MODERNITÁ E FALSO CAVIARE SAIAM DA AUTOESTRADA FLY WITH WHOMEVER YOU CAN SORTEZ DE LA QUEUE Contra Tudo : De la Musique Avant Toute Chose: le Retour de la Poèsie comme Seule Connaissance ou La Solitude Extréme du Dandy Ibérique - Ensaios de uma Altermodernidade すべてに対して

2006-10-29

Omnipresença

Autor português omnipresente prepara~se para mocar um bloguista

Falso testamento do dr. Mamute

Deixa um rio de whisky atrás de si.
Em vida já era sobrevoado por vários bandos de abutres.
Adoptou um deles. Sadicamente.
Aquela pequena explosão em Chelas: Lui-même.
Muitos arrozes de frango. Predilecção por japonesas de pé grande.
Visto nas Adegas de Folgosinho numa disputatio metafísica sobre os três Sexos de Deus com uma belíssima rã de fenomenal cu, doutorada em biologia.

Sobre o referendo do Aborto. Opinião: sendo Deus o maior aborto de todos, a Magna Questão é só uma Pode-se abortar Deus?

Faça o download da sua própria divindade. Shake it.(Mesmo que vá aos correios e tenha que engolir todos os livros da New Age.)

Era Fundador da Universidade de Nómadas.
Muitas cabecinhas académicas à roda do peito. Picarizadas. Jívarizadas.
Autor de "O Esqueleto no cimo da Escada"

Os anjos


Os anjos foram inventados para tirar asas às mulheres e falos aos homens. Os seus pólos simétricos e opostos, os demónios, foram inventados por gerações de maridos cornudos, para aterrorizar as filhas e ensinar aos filhos o caminho doutras camas.

Depois da passagem de um autor em fúria contra os blogs

Autor português



ergue no ar o seu best seller, escrito inteiramente por ele, Lui-même, Himself, sessenta musas por minuto e algum copy paste tropical

Autores e leitores portugueses todos em sã convivência a beber o leite dos plágios

2006-10-27

In Memoriam do Anjo Fulmíneo Affonso Manta

Fazer da chuva um casaco
E louvar a ventania
Há lá melhor retrato
Do que nos tira a Invernia ?

Abrir asas em cada rocha
Ter o voo tonto e selvagem
Da fúria das borboletas
E pôr tudo em letras

E canções mínimas que os sapos
Captam e os doidos levam
Como uma bandeira negra
Cheia de estrelas

Lavar-se em lama e fogo
E ter nos olhos regatos rápidos
Abraçar tanto o fulgor
Como o lado negro das coisas

Encontrar o Viúvo do Enxofre
E o Príncipe das Metamorfoses
E de ambos com abraço amigo
Retornar à rua das neuroses

E ir assim de metempsicose
Em metempsicose com uma flor
Do mal atravessada na boca
Com o veneno certo do rigor

E um corpo de mulher que nos
Envolve com os seus cheiros de Alba
O seu sangue de cachalota
Os seus campos de papoulas

Rubras como a linguagem rebelde

Isso é que é ser rei sem corte
O único verdadeiro que bebe
À mesa do mendigo
E come a sopa do morcego

2006-10-26

POSIÇÃO FETAL


Antes de repescar nas Selecções ou na Wikipedia (umas outras selecções em mais nobre e digital) uns conceitos fast food sobre embriologia, para poder botar opinião autorizada sobre os primórdios da vida humana, fui ver se o Cardeal Policarpo, ele mesmo e não o blog com esse nome, tinha de algum modo lavado as mãos dentro de um Livro de embriologia. Não o fez. O nicotínico funcionário do Vaticano não teceu comentários de ordem científica sobre o desenvolvimento fetal. Ficámos sem saber se aquela coisa meio informe, que parece uma larva no início, tem alma logo assim que o solitário espermatozóide (uggfff!) por fim fura as sedutoras barreirinhas do óvulo. Como é sabido o feto atravessa várias fases (todas de mui grande feiúra) na qual sucessivamente parece um peixe, um macaco, um gato esfolado, e por aí fora, até que toma forma humana (melhor dito humanóide) "à imagem e semelhança de Deus", como diz o best-seller capa preta chamado A Bíblia, escrito, de resto, pelo MST.

Dado que Deus não pode ter semelhança a um peixe (mas era fixe), nem a um macaco (merecia), nem a um gato esfolado (pode ser que evolua até este estado), só pode ter semelhança àquele humanóide intra-uterino em que por infusão da graça Deus infunde um sopro divino (ou já teria infundido o sopro na altura do orgasmo? ou quiçá antes, no expectante e túmido testículo?) Não sendo possível que Deus encontre algo à sua imagem e semelhança no peixe, no macaco e no gato esfolado e só podendo encontrar a sua imagem e semelhança (embora num download impressionista e miniaturizado) sendo assim a alma só passa a existir a partir do sexto mês, que é quando aquela coisa (o feto) se resolve a custo, e apenadamente, a tomar forma humanóide e a preparar-se a sair daquele sauna de luxo, com hidromassagem, e carícia uterina envolvente, tudo do mais ambiental e eco-friendly que há. Do ser in potens para a ipseidade.
Quod erat demonstratus.

Segundo ponto (ainda não referido em nenhum lado dos caducos e decadentes media típicos como o jornal e a TV e nas maldizentes coortes da blogosfera).
Eu acho que há abortos vivos, que escrevem livros, discursam, aparecem muitíssimo na televisâo e por aí fora.
Aborto de estimação número 1. A Madre Teresa de Calcutá.
Aborto de estimação número 2. O major Valentim Loureiro.
Aborto de estimação número 3. o eng. Sócrates.
Just opinions. Mas fundamentadas em leituras de Embriologia Comparada, na Crítica âs Religiôes, e no Perfil do Psicopata e naturalmente na Prática Desvairada de todos os subsistemas da Patafísica.
Magna pergunta: o que fazer com Abortos Vivos que ainda por cima Pontificam e tem o Saber, a Certeza, o Rumo?

Terceiro Ponto: Porque serão os homens a votar sobre a questão do aborto? Não deviam ter voto na matéria. Devia-se arranjar uma Cardeala, no mínimo. Ficava gira de púrpura, em vez de um mastronço com aquele boné foolish.Eu propunha uma greve uterina enquanto cada portador de testículo não desistir de botar a sua opinião na matéria. As utentes de testículo, na minha modesta opinião, enquanto esta questão não se resolver deviam fazer uma Greve Uterina Global.



CRESCIMENTO recursivo MUTUAMENTE INCLUSIVO

Uma das maneiras de resolver o excesso de população que se avizinha, se as diversas crises entretanto não derem cabo de nós, é fantasticamente simples - a redução de tamanho de toda a humanidade. Na realidade, a liliptutianização de todos. Poderia ser ou não acompanhada da diminuição da escala (sincrónica ou não) dos outros seres sencientes, e dos objectos entretanto criados pelas diversas civilizações como monumentos de interesse, cidades, palácios, fortalezas, etc.
Uma das consequencias práticas imediatas da redução, desta miniaturização dos organismos seria o aumento do espaço, directamente proporcional à redução do tamanho dos seres humanos. O output de gases orgânicos ou industriais desceria para níveis desprezíveis, resolvendo-se o problema do aquecimento global.
Logo, o futuro, ou melhor dito um dos futuros sustentáveis parece estar numa caminhada para o formato atomista. Novo fôlego dado ao belo conceito small is beautiful. O mundo surpreendentemente vasto outra vez.

O dinossáurios, recorde-se, desapareceram por excesso de tamanho e de número, além doutras razôes climáticas. O ser humano actual como o conhecemos também pode estar em vias de extinção (e em certos casos como presidentes de clube de futebol, sacerdotes, repressores de qualquer tipo
devia estar.) . Mas é provável que diminua de peso, estatura, volume. Como é que a sociedade de transição vai gerir isto? Talvez com prazer porque é por uma boa causa. Mas ver-se-á certamente a formação do partido dos Gullivers dispostos a tomar a direcção oposta: a gigantização - que no limite se esta fosse perpétua levaria a que no fim um só indivíduo monstruosamente mamútico ocupasse a terra toda.


Why grow when you can decrease and keep your beauty?

2006-10-24

DELIGHT IN NOTHINGNESS

This guy is delighted, he lost everything he had brought with his own hands. And guess what is he seeing just up front? Right! Nothing at all. That's why this guy's attitude and this guy's way of seeing are contemporary. The mulitplicity of phenomena unfolding before him leaves him unmoved, yet he persists.
But alas! his feet are gone. Is he a demigod, so far? Demitimes demand demigods, it´s true. May be Old Kung Fu should be given a second chance, who knows?

A ARTE DA MÁ VONTADE

Os pessimistas que nascem continuamente neste país são essencialmente de três tipos:

1.1. o pessimista de tipo naif que acredita que INFELIZMENTE tudo se dirige sempre para um ponto pior (o que é um idealismo utópico porque pior não pode ser)

1.2. o pessimista de tipo tónico que acredita que as coisas FELIZMENTE ainda podem ser piores do que já são. (Qualquer opositor, qualquer adversus, qualquer satanazin fardado de campanário e capoeira inscreve-se, e não pela tangente, nesta figura)

1.3. o pessimista de tipo misto que "entre les deux balance" consoante a oportunidade.

Pelo meio há uns cómicos que tiram as suas ideias dos ingleses (e acham que fazer humor de tipo imitativo é encontrar a essência do nonsense) e, além destes, temos um milhão e meio ou mais de velhotas dos dois sexos e de qualquer idade que vão muito a Fátima, para ver uns infelizes a patinar sobre os joelhos ou a arrastar-se pelo chão gemendo e rezando. (Práticas sado-masoquistas autorizadas e encorajadas naquele santuário-monstruário.)

Somam-se a estes os cerca de actuais dois milhões ou mais de orfãos com pais (nos quais se incluem não só a população pálida e com o cérebro lavadinho das capoeiras/infantários, mas a maior parte dos submetidos ao acne tirânico que frequentam umas casernas igualitárias chamadas liceus e escolas.

Temos ainda um número idenfinido de polícias, GNRs e espiões no activo que zelam pela estabilidade da nossa insegurança. Além de umas forças armadas cujo conhecido zelo teconlógico permite que a costa portuguesa esteja toda picotada, com canais de eleição para a entrada de todo o tipo de Tin-Foils, de harambazords (entre outros) e uma maioria indiscutível de passivos: a enorme audiência voyeurista masturbatória frequentadora das plagas da net onde ao olhar carente se oferece a velhice árida das bambinas escravas.


Entretanto, os cardeais fumam, os generais bebem o seu whishy velhinho, os políticos puxam a sua charutada, os jornais mantem a vigilância sobre o indice óptimo de estupidez colectiva e os parkings prosperam.

Numa coisa estamos todos de acordo: há que cobrir o país todo de asfalto de ponta a ponta e transformar a porcaria dos rios em estradas ou parkings.

2006-10-22

Hoje saí do Tao e


Nada do que o Tao diz é dito pelo Tao
no entanto o Tao erra com a maior precisão
e acerta no alvo clamorosamente mal

Por isso o Tao de Sísifo não é compreensível
embora possa abranger as 10.000 coisas celestes
e dar destaque às multiplicidades terrestres

Para compreender não queiras compreender
a via do esforço pode levar-te à montanha
mas a via do sábio traz-te a montanha

Mas é melhor ser a montanha
ainda que para o Tao a altura e o vale sejam a mesma coisa
e nada consiga parar a impermanência de todas as coisas


talvez seja melhor imaginar Sísifo depois de devorar os deuses, sobretudo os falsos

a Pedra é um texto continuamente escrito e apagado

SAÍNDO DA ANTICIVILIZAÇÃO A CADA MOMENTO


MANIFESTO AOS SUBGUESES



O socialismo/fascismo pode ser abatido a qualquer momento de muitos modos e maneiras desde que sejam radicalmente novos os modos e subtis as maneiras. A ARC (actual revolução em curso) é silenciosa e, ao contrário das outras revs. não é hemoglobínica, nem assente no ressentimento nietzcheano dos oprimidos.
Primeiro: não são os oprimidos que a fazem nem os que tem uma religião qualquer ou algum ideal do futuro. (Os oprimidos tem que se desoprimir primeiro por sua conta e risco. A Era das Enfermeiras do Proletariado acabou - não deram por isso? Cai a Gengiva Cabeluda do Pedagogo pela pia abaixo. Pum!)
Segundo: o tiro de precisão mental, o acertar sistemático no coração sistémico das IEC (Ideias Enormes Colectivas) fá-las enfraquecer muito. Beleza da contemplação do Estado Anemiado. Power of pure thinking! (O imenso cadáver de Hegel que todos os governantes trazem atravessado na boca começa a desintegrar-se. Bem, já era tempo)

O guerreiro epistemológico (artista de osmoses novas, imune à bi-cameralidade, ou seja despido de ambivalência e valores duros ou moles - mas revestido de Valor) tem muitos modelos na história - todos a evitar.
O guerreiro epistemológico não usa nenhuma arma convencional.

As revoluções com ementa são passé. A ideia de que alguém salva alguém é passé. Qualquer pensamento com os pés assentes no passé afunda-se e descausa actividade. Daí a emergência do PNI (pensador Nómada Indogmático) que não surfa em totalidades nem se vê interceptado pelas parcialidades e salta a pés juntos para dentro da historicidade de cada momento com uma bela balsfémia nova em cada osso.

Axioma fundamental: o ponto não tem itálicos.

Deasfirmação do dia: evite o Flúor.

A falsa revolta dos bonés de pala

Estão por todo o lado, são os preferidos do Insecto Colectivo. Os pobres e enfileirados meninos dos infantários usam todos boné de pala, enquanto seguem em filas militares, enquadrados por sargentas chamadas educadoras de infância, de QI igual a zero (é significativo que os parvos, os velhos, os mongolóides e as crianças apanham sempre alguma educadora para os "enquadrar" e "ensinar" a estar na bicha)
.
Usá-lo de banda ou de pala para trás torna o seu utente ainda mais patético e clamoroso. Sinal de revolta? Então o mundo está cheio de revoltosos e revoltados, do mais inoperante que há. Símbolo do espírito Tin-Foil (ver mensagens anteriores) gritam todos eu levo o Ego na Cabeça - um ego igualitarista, contra a elegância.

O Terror jacobino do igualitarismo está agora em todas as ruas, em todo o planeta. No Oriente os bonés de pala são quase todos brancos.

Que se pode fazer? Reinventar a elegância fatal.



2006-10-21

República Vesânica dos Urgos

O hino nacional cantado de mão ao peito? É natural que assim seja. Tapa-se o buraco que há no peito, corta-se por instantes o fluxo de linfa, cimento, bagaço e leite aldrabado e, durante uns momentos, o Heroísmo (dos espíritos, dos avoengos) enche a caixa torácica. Sai uma coisa monstrenga, desafinada - do estilo que agrada à lágrima difícil dos presidentes - dá a volta ao estádio, e é quase fatal que dá azar cantar aquele hino de suicidas, que morrem como tordos a marchar contra a metralha dos anglos.
E que se há de fazer quando há mais de um século, tapando o buraco do peito, se marcha PARADO contra o canhão dos anglos?

I feel like this today


S40058, originally uploaded by Laurence Shan.

as long as it lasts I water run down the hill
and like a cloud I go up just for more
cause the essence of all things can only be truly seen
in the art of falling down

2006-10-20

Continuo a ser um Inimigo do Estado


S40045, originally uploaded by Laurence Shan.

Silent as fog I'm not dreaming
I devoured the father of the State
& to faith to scorn and to new badly answered riddles
I do anticipate new old koans
where is the mountain sitting
now when you're in zazen?

2006-10-19

Status Id

Sempre que o status quo ergue a formidável muralha das suas regras, controles, comandos, ordens, mandamentos e dogmas o status id, nómada, errático, avesso aos ordenamentos perenes, ao institucional, levanta a grimpa, torna-se ainda mais subterrâneo e emerge por todo o lado no papiro imperial.
É assim que entra em cena o status quid.

2006-10-16

O sono anestesiado dos supermercados

O supermercado tem um papel de tranquilizante - a luz fluorescente leva as emoções a um grau zero, homogeneiza os produtos, democratiza-os, estão todos banhados na mesma luz leitosa, provinda de uma fonte de luz que funciona como a teta da Grande Mãe Pasteurizada.
Esse leite etéreo homogeneizador por certo não abole por completo a diferença entre os inumeráveis produtos mas abole a sua veemente diferença. Tal como na democracia, nada pode ser explosivamente diferente. No talho do supermercado quase não há orgãos, não se vê sangue - plumas e pelo e uma boa parte dos ossos foram retirados da vista e os homens do talho tem touca branca e uma bata branca que os faz parecidos a médicos e enfermeiros. Tranquilidade: estão ali para "tratar" da carne, para esvaziá-la de miasmas, de dor, de convulsão, de elementos perturbadores. Garantias veterinárias e de "higiene" por todo o lado, a radical diferença da morte foi toda ela relegada para um plano que se deseja inexistente. A "higiene" exorciza a morte, afasta os sobressaltos finais, o olho dilatado e convulso cheio de terror - torna as carnes aceitáveis, pacíficas, arrumadas e cortadas numa ordem geométrica, apaziguante. Transformou-se a carcassa, foi parcelada, reduzida, diminuída, geometrizada. Uma imagem de uma vaquinha num prado verde entre flores ajuda a construir a metanóia final: as vacas estão contentes, sempre estiveram ali para nos ajudar e nós ao mesmo tempo, comendo bocados astralizados dela ajudamos a que a
imagem idilica, o mythos da vaquinha feliz entre flores possa continuar.


Empurrar o carrinho de 4 rodas do supermercado tem diversas homologias estruturais óbvias: está-se a empurrar o carrinho do bebé- Ainda por cima as gerências construiram no carrinho uma cadeirinha para os filhotes poderem viajar no interior do supermercado, e continuarem a ser empurrados. Futurologia do cliente, racionalidade da gestão, o seu filho integra-se nas séries de produtos, viaja no mesmo veículo dos comestíveis. Subtil osmose, o filhote adquire as qualidades dos produtos (e a companhia deles), os produtos elevam-se ao estatuto do filhote.

Será que os filhotes são também comestíveis? Vejamos (ainda no plano das homologias estruturais do carrinho) o carrinho assemelha-se a uma gaiola e para o filhote assemelha-se a um automóvel que ele quase conduz. Mais uma diluição de formas diferenciadas, os corredores sonolentos do supermercados são estradas para os carrinhos. Toda a complexa posturalidade, todas as manobras, ansiedades (ainda que em grau menor) e hesitações de quem procura estacionamento reproduz-se no supermercado. A sociedade moderna: uma procura constante de um lugar no parking? Uma viagem de parking para parking? Uma sucessão não heraclitiana de estacionamentos (com uma condenação anexa: banhar-te-ás sempre nas águas de um parking qualquer que ameaça ser o mesmo). O super-mercado continua a rede de estradas. Ele reproduz o indiferenciado sistemático, a encrase de amorfo, a repetição do idêntico - a tranquilização hipnótica do cliente. Entre um mantra hindu e um supermercado há imensas pontes de continuidade, ambos promovem o sono da razão, suspendem as possibilidades perceptivas e críticas do intelecto - daí talvez se explique a crescente monumentalidade dos supermercados e a sua tendência templo - e a espécie de sono assistido e funcional que ambos induzem.

Toute aile à tous vents

Si l'on croit tout ce que j'ai pu voir a Bracara Augusta c'est possible que j'écrive un pavé terrible, minutieux, tout parsemé des hésitations sublimes du libértin nouveau - bien différent de ce cher point d'action immédiate: Casanova.
D'abord me refaçonner un peu en pierre granitique et basaltique me redonne (redore) un corps mediéval très interessant. J'ai exageré en parlant du supra mental à Lord Guifred, c´est sûr.
Mais il m'a dit carrement_
C'est adorable d'avoir a pleins poings des fausses mémoires. Puisque le passé nous trompe...

je ne sais pas si tout ce qui s'enfouit nous trompe. Il n y'a aura certainement pas une prochaine révolution justement parce que les revolutionnaires ne la laissent pas venir. Je demanderais plûtot au capitaine Haddock de me expliquer ce que que Marx voulait dire par "le sexe non humain."


2006-10-15

Benvindo ao silêncio autoritário do igualitarismo

A unidade despótica mínima do mundo contemporâneo, aquela que representa a pulsão militarista, a ordem religiosa e escolar e a obediência cega à temporalidade é a "bicha", a fila.

No mundo animal parece que apenas as formigas, Insecto Colectivo por excelência, adoptam a postura da "bicha".

Paradoxal chamar bicha a uma coisa que não tem nada de bicho?

A bicha, como elemento civilizador despótico para proteger os direitos de primazia temporal dos mais fracos e de quem "chegou primeiro", leva àquilo que a defesa autoritária dos mais fracos em geral formata: torna a todos mais fracos em nome da protecção do fraco.

Inspirada nos valores funcionalistas (e autoritários) da linha recta a bicha impede o turbilhão de movimentos que caracteriza um corpo livre, um corpo rebelde.

Os corpos submissos sentem-se bem na bicha - a ordem reina, pode-se beijar a mão do rei um de cada vez, beijar as sandálias do papa um de cada vez, lamber o selo fiscal e lamber o cu linear do sistema burocrático um de cada vez.

O antagonista da "bicha" seria a horda mongol, em que um belo caos imaprável desorganizaria o quadriculado metódico da Ordem do Império. Por isso o saudável retorno do nómada põe sempre em cheque e situação admirável de ocaso o status quo.

Troca-o, com uma rosa carnívora atravessada na boca, pelo status quid. Entretanto, os santos podem ficar de mãos unidas nos seus túmulos junto dos reis.

DESCASCA-SAPOS

Os mantras da publicidade como todas as frases prescritivas de sentido único são despóticos e autoritários e não consentem comportamentos desviantes : todos temos que fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. Sê manada, entra na bicha, torna-te Colectivo!

A frase prescritiva: Vive a Assapar! aponta para a possibilidade de estar sempre on line, no Sapo (Belo ideal! Monstruoso ideal!). Mas o prefixo As sugere também também negação. Se a frase fosse sempre a sapar talvez fosse mais forte, embora menos popular. O Assapamento, no fundo, entranha-se mais num povo de sapadores bombeiros e de ressentidas fazedoras de sopa, que cada vez mais produz fanáticos de futebol.

Essência Lusa


065D13950, originally uploaded by Paulgi.

Atrás das várias capas de verniz, de tapumes, de bandeiras mais ou menos nacionais, de discursos bem comportados e mal comportados e mais e etc. chega-se (ao fundo e à direita) â Essência Lusa.

Ei-la brilhantemente fotografada num momento de face-a-face por Paulgi, fotográfo português a ter em conta.

Para uma Arquitectura Feita com Carne


065D11389, originally uploaded by Paulgi.

From Gardens Where You Can Go To The Clouds


Sou um nefelibata convicto, enquanto não me transformo em nuvem sou um homem nuvem. Entretanto, os melhores lugares para captar nuvens são de longe os jardins. Curioso e característico do estado da mente dos nossos governantes que nunca nenhum deles se tenha afirmado de um modo ou doutro a favor dos jardins.

A expressão "espaços verdes" é típica do espírito tin-foil e do seu novo sósia o espírito Hormona Cinza.

A Hormona Cinza

Está muito difundida em Portugal, afecta muito os jornais de província, emanações moles da mente formatada em conformismo, acrase e intemporalidade. (Mas há algum jornal nacional que não seja aptamente provinciano? )
A Hormona Cinza vigia pela regularidade da novidade: a fornada regular de novidade tem que ser diária. Assim, um elemento da brigada da Hormona Cinza (de quem calaremos o nome só porque não nos lembramos dele) subscreve no Público de Sexta-Feira 13 um artigo local dedicado a um novo "espaço da noite" no Porto, o Pitch.
O novel espaço é perto do cais, no centro histórico que parece agora querer acordar de um sono histórico e, de noite, de dentro do espaço, no meio de um design nórdico avistam-se as figuras dos homens dos carros de lixo, o que confere ao espaço características de ponto de observação em directo de um "reality show." Great!
Depois, o cronista assinala que o "espaço" (o que não é espaço, o que não é evento?) tem - louvavelmente segundo ele - uma frequência heterogénea (a democracia está salva!) e uma forte componente de gente do "eixo Foz-Boavista."
De assinalar a aplicação da semântica rodoviária para caracterizar the old gentry do Porto, que frequenta aquele "espaço" conferindo-lhe assim as suas lettres de noblesse.
Os filhos dos empreiteiros, alguns transfugas do "pobo"
agora podem juntar-se aos bisnetos do conde da Foz e de outros sultões do "eixo Foz-Boavista." Todos numa saudável "conbibência" nocturna podem apreciar as evoluções da coreografia que gratuitamente o corpo dos recolhedores de lixo executa ao longe.

Do sentimento de estar junto do início do mundo

enquanto minhotas abrem as azas
feitas de couve, espátula e feijão pequeno
ânforas de namorados vociferam
belas blasfémias damor verdamor

bem pode o Cristo ictérico de Guimarães olhar-nos
entre centuriões e damas
mui chorosas (ao fundo e à esquerda) já não há piedade que chegue para aquele olhar amarelo

entretanto o pendão dos Borgonha rasgado sobre o castelo
paira sobre o mau poeta que num mau poema deliberado

diz: aqui enquanto tiro macacos do nariz
nasce fatal o meu país

2006-10-11

O Homem Tesoura

Fomos ver a Guimarães, na Galeria Gomes Alves, (belo espaço no Centro Histórico) a exposição de pintura de

S
u
s
a
n
a

N
e
v
e
s

"Um barco na Ponta da Língua"

Guimarães mexe, o país auto-comenta-se, o Homem Tesoura escreve as suas memórias enquanto finge que guarda a memória dos afonsões.



Mr.le Président, je vous écris une lettre

je ne suis pas sur terre
pour tuer les pauvres gens



La guerre je ne veux pas la faire!












(in memoriam Boris Vian)

Estou sem um jornal português

Por isso leio os jornais da minha avózinha onde - doçura de morrer noutro tempo - a necrologia vem na mesma página das receitas de doces .

2006-10-08

silêncio das árvores



não pedem que as retrate
nenhuma tem máscara nem um jornal apertado
nas mãos, não me vão mostrar a nova taxa de impostos
nem reflectir a cara do ditador múltiplo
(o ditador do nosso tempo)

com as folhas nuas deslizando na luz nua e dourada
nada me vão dizer
vão só existir tranquilamente
diante de mim

talvez nunca saibam como me levam de pés bem assentes no vento
e como o meu cérebro atulhado de palavras, de sons de

ambulâncias, de gritos surdos das ruas iradas,
ao ver passar as nuvens entre os seus ramos
lhes agradece



2006-10-07

O inventor e o ventor: questionando o ouro

O inventor do ouro como padrão para as trocas tinha umas luzes de física prática - o ouro é estável, não cria mofo, o seu período de desintegração é lentíssimo, a sua densidade altíssima - além disso, fundido - é infinitamente moldável, como Proteu, adopta todas as formas. Eis um material-rei, resistente, inquebrável, duradouro, metamórfico, estável e, luzente, emite um brilho que agrada ao olhar.
Não se pode dizer que tenha sido mal escolhido. Mas interessa-me muito mais a história do ouro antes de ele ser padrão monetário e símbolo do poder.

Estrabão conta que nas duas margens do Tejo havia ouro, depositado naturalmente.

Um autor de Sci-Fi afirmava que a terra era dos únicos planetas do sistema solar que tinha ouro e, por conseguinte, ávidos ETs vinham procurá-lo - não como elemento monetário mas como remédio, ou como um dos elementos imprescindíveis para confeccionar um elixir da imortalidade.

Claro que o ouro existente, de forma natural nas duas margens, induzia um brilho peculiar. Uma pessoa imaginativa pode revisualizar uma Lisboa antes das eras comerciais submergidas na ideologia do padrão ouro. Antes dessas eras comerciais o ouro na sua inocência repousava entre as areias das duas margens. O navegador que entrasse pela barra veria um rio dotado de uma luminosidade bem diferente.

(A contínua perda de luminosidade da matéria = desenvolvimento)

(ou pelo menos ao conceito degradado de desenvolvimento cuja aplicação prática atrasa e empobrece singularmente os nossos dias)

Reinventor do ouro, em construção.

"HÁ MEMÓRIA A MAIS NO PÚBLICO"

No jornal Sol, de 30 de Setembro último (pg.59), numa pequena, concisa e excelente reportagem de Margarida Davim sobre o momento atribulado (despedimento de boa parte dos redactores, conflitualidade entre a direcção e redactores) que vive o jornal Público destaca-se esta pérola:


HÁ MEMÓRIA A MAIS NO PÚBLICO!


esta frase extraordinária digna de Goebbels ou daquele general franquista que disse "Muerte a la inteligencia! Viva la muerte!" - foi proferida por um administrador presente num plenário.



Num momento em que os computadores nos estão poderosamente a ajudar a ter mais memória e a contribuir para um enlenco de memórias operativas como nunca antes existiu no planeta e, ao mesmo tempo, num momento em que um dos problemas cruciais dos portugueses é justamente a falta de memória: que permite entre outras coisas a repetição de abusos, de crimes contra o património, etc. este iluminado administrador atira esta frase completamente fascista ao ar.

E ninguém o contradiz. Ninguém tem a coragem de se opor ao totalitarismo controlador, ao tom de neo censor que aí vem, desgostado com a presença da memória, essa viva centelha que ilumina a inteligência!

2006-10-06

Is gold scenic? As barbas do sr. Gauss

Não são precisas grandes estatísticas com as barbas do sr.Gauss em cima e ao centro a conferir dignidade às evidências, basta o antigo e elementar e pouco comum Senso Communio para nos darmos conta de que :

quanto mais bombeiros mais fogos
quanto mais polícias mais crimes
quanto mais exércitos mais guerras

por conseguinte, qualquer aumento de qualquer tipo de gente em uniforme é directamente proporcional ao aumento de calamidades que se pretendiam evitar.

Por outro lado existe a
Estadite - confiar tudo ao Estado para a resolução de todos os problemas. Desde Hegel e Kant (pais do Estado Moderno) o Estado tem vindo a crescer e a querer controlar tudo e todos em nome da mais platónica das abstracções: o bem comum.

Sofrem de Estadite todos os governantes e os seus hipnotizados cidadãos que fazem parte, e parte obediente e acéfala, do
Insecto Colectivo.

O que fazer então, infiéis?

Sair da fila
Desligar a boca cheia de fumo e nevoeiro das várias TVs.
Ir para a rua com a orquestra
Deixar cair as catedrais de qualquer tipo

Is Gold scenic?







O ser com 2 olhos esquerdos


, originally uploaded by Manu Colla Cats.

volta a atacar. E diz we are deadly, say your prayers, no resistance allowed, anyway it´s impossible unless you´re a tin-foil spirit.

Check anterior messages for the defintion of Tin-Foil Spirit.

Tout va bien quand tout va nu


, originally uploaded by Manu Colla Cats.

Como é que uma pessoa nua discute política?

It's all about glamour.


It's all about glamour., originally uploaded by Manu Colla Cats.

quando um tipo não é um rockfeller e é alérgico a mulheres a dias

Federico Fellini está a chegar à praia


cankurtaran, originally uploaded by auburn_.

mas só a bandeira vermelha percebeu que a torre já se inclinou para coemçar a andar

L a vraie vie


dövüş klübü 3, originally uploaded by auburn_.

Boris, dr.Igloo e uma visita (o gato cinza) há uns meses atrás.

2006-10-05

Zona da Fovea- Remota antiguidade da Modernidade


originally uploaded by Black Box Nation.


O que se chama um verdadeiro brain stunner nem sempre é assim tão brain stunner. Mas suponho que tem que se agradecer à fracção do espectro que nos faz o favor de vibrar neste amarelo a crescer para o aurífero.


Is gold scenic? Que dá para encenar o poder já se sabe desde a mais remota antiguidade, cf. os tornozelos de Cleopatra, o colo de garça de Inês de Castro, todo o tipo de jóias da coroa - que foram da coroa, que serão da coroa


(Suspeito que a mais remota antiguidade tem uma retrocausalidade (ver mensagem anterior, vamos agora usar e abusar deste conceito epistemológico) que a faz parecer espantosamente contemporânea, tipo , pá o teu pai é um caveman?

don´t wait for logic in this. Logic freezes time in dilacerated series of explanations that any sane brain rejects? Well some logic, some common common sense, anyway the commonization of sense is not common sense.
Is there any sane brain? Is that concept sane?


PS 1 há que perturbar cada frase feita, como esta da "remota antiguidade."

Neste blog gostamos de perturbar duas palavrinhas sistémicas "modernidade " e "desenvolvimento".


Por isso estamos a desenvolver uma Teoria Perturbada do Conhecimento, em público, sem rede, sem tese à vista.


Inspirados pelo espírito de palito de dentes de Alfred Jarry.

e agora que não se vê o ouro ( tal como a caca está escondido nas entranhas dos bancos, e é tabu mostrá-lo) o que faz mover os ricos para acumular dinheiro?

A Escola do Leopardo

Viver manchado em partes desiguais pela velocidade da lentidão e pela lentidão da velocidade

sessenta musas por minuto uma só por toda a vida

cravar devagar os dentes numa carne rápida

continuar a correr depois da corrida

de um só salto entrar no mundo para fazer saltar o mundo

A BRUXA CORRIDA

Mais uma trapalhada new age do escritor que o povo russiano mais ama: Paulo Coelho (na antiga URSS cederam o mítico Transsiberiano para o novel escriba viajar, além disso foi tratado com honras de chefe de Estado.)

A capa tem uma mamita com piercing, oximoron trivia que indica que a bruxa segue tendências anos noventa. O título relativamente inócuo e mass-mediático, A Bruxa de Portobello ( na vetusta Londres, subúrbio alfacinha, existe aquela feira da ladra - Portobello - que é igual à nossa só que em mais ladra e muito mais comprida. Qualquer portuga lá desembarcado volta para casa atulhado de porcarias, de neo kitch que nem a albertaméneres, de pechisbeque pós neo something ou pós something neo, mas é posh, é cute comprar uma porcaria do séc. passado que não se sabe onde se há de pôr no Mar Irredento do Atafulhado Global do Museu do meu Estilo Pessoal em que se transformaram a pouco e pouco todas as nossas casas do funesto século XX que nunca mais acaba.) até é simbólico do que se vai encontrar lá dentro:

todo o pechisbeque New Age do indefunto séc. XX. O escritor foi à feira da ladra e estão lá dentro todos os do-it-yourself yogas, todas as ervanárias, todas as massagens shiatsu e toda a teologia-sem-deus-mas-com-deus do apodrecido e inacabado séc.XX, mais umas oraçõezitas para as neo beatas tipo Eu Sou Um Ser de Luz. Un spózitos de rebeldia. Ler no cabeleireiro e emprestar a cabeleireiros e a senhoras com estremecimentos místicos que adoram a Pública.



Situação do Yogurt


O Yogurt não é um grande senhor
tem uma bata branca de enfermeira
cheira um pouco a desodorizante
e quando se abre está coberto de suor
Fpessoa não fala dele
nunca fala dele Eugénio de Andrade
(nem nenhum dos seus andróides)
dele não fala Vasco Graça Moura
Nem, enfim o Alecsandro O'Neill

O Yogurt não é como o pente
Um grande senhor
Não se perde no bosque a contemplar Narcisos
que se confudem depois com pomos na cama
(na cama, na cama
que é onde tudo acaba tudo começa)
O Yogurt finge que é um pequeno deus branco
mas no fundo é um vírus insidioso que se veste de plástico e alumínio
é tin-foil como o caraças
na missa diária do supermercado tem
grande proeminência

os dedos da marquesa rasgam-lhe o hímen
com a mesma argúcia que os dedos do proletário
e ambos o lictam num yogilictus indecente
cheio de bacilos benignos
mas cá para mim as festas de bactérias\os surprise parties dos virus
exalam o cheiro a mofo\dos velhos papyurs

o yogurt não é um grande senhor
consomem-no as seis faixas etárias
(só mesmo os otários tem faixas etárias)
os velhadas escolins
os escolares velhazes
os escoelhos escolhidos
os escolões alcatrazes
os velhins de flúor e bengala
os velhorões da Blusitãnia permanganato
todos o lambem
no mesmo yogilictus indecente
de paraplégicos do Verbo

de sósias perfeitos do Bacilo

e por isso há tanta gente bífida à esquerdeita e à direrda
e com grã caridade sem igual
\todos se mandam à m&5$#!

Canto do corvo

Os corvos não nadam em grandes lagos
nem em pequenos
desde Edgar Allen Poe que não aparecem na Phoesia
Os supermercados (ganda Igreja, meu) acham que não são aves poedeiras
como a solícita galinha colectiva
(BTW. William Shakespeare disse que éramos feitos
nós contempoorâneos de 5o por cento de galinha e hormona)
os corvos não tem farmácias nem dizem mamã
não tem ursinhos de peluche
e cagam nas autoestradas e depois saltitam
e não levam a sério a Ganda Missa (man) das Auto-estradas

os corvos são pretos
são todos pretos
tem um bico preto
tem uma língua preta
um grasnar mais preto que o preto
que soa a gargalhada daquele forçado que Rimbaud queria pôr
na Phoesia mas não conseguiu
Pum ! Rimbaud Pam! Verlaine

os corvos não sabem nada de Pinanças
mas sabem de Verme
e por isso não lavam os dentes com pastas de flúor
lavam-nos com enxofre alquímico
pois é


os corvos são muita snobs
tem imensos kkkkkkks mas não os escrevem
e sem kkkks nem porkês
voam rente à bermas desta nova língua morta. o português
e comem~lhe as tripas
à gargalhada
porque são pretos
voam preto
vivem no mais preto da língua
relâmpago obscuro como diz a f das ps da poesia



2006-10-04

A Cachalota gosta de voar


dancing sharks, originally uploaded by Laurence Shan.

E o canário peludo também!

Retrocausalidade


IMG_1050 sepia version, originally uploaded by Laurence Shan.

2006-10-03

Never tyres me seeing you


Photo of the Day, June 15, originally uploaded by gm_blogs.


Depois de fugir do pressionante dr. Self-Martins fui até ao rio perder uns quantos pneus. Maravilhas da aero-massagem interior re-somatizada : Bastaram quinze cervejas mexicanas para me pôr just fine. Depois fui a um bar bastante esdrúxulo que tinha ao volante Bergson (lui-même) e tivemos uma conversa como eu gosto: de relógio para relógio, de mostrador a mostrador, e chegámos à "conclusõ" que este ano vai-se falar imenso outra vez de "durée".
Com a neo-obscolescência acelerada que as coisas estão a ter, a re-introdução de microfilamnentos de durée, quanto mais não seja num simples blog (não tão simples como isso - tem correio, settings (quais setes?), templo (ate), create (brahma function), edit posts (e não Edith Wharton), Moderate comments ( O Petronius Arbiter que não deixa passar os grunhos), e Status (excelente. Toda a gente devia ter status. Mas quase ninguém tem.) vai ser uma boa estratégia contra o espírito Tin-Foil (ver posts anteriores sobre a definição do ETP) esta infalada infamosa inattendue re-introdução de la durée vai provocar um certo abanar sistémico nas estruturas de baixa densidade estética (estatisticamente maioritários)
Já com o meu espírito de prof.Tournesol inscrito num pós-cartesianismo ondulatório estou a congeminar a seguinte experiência:

introduzir dois zords (unidade de zona ordenadora rejeitando divisão sectorial) de durée numa caixa de fósforos de Lineu.

e introduzir a mesma quantidade numa garrafa de cerveza mexicana. (só digo revelarei a marca quando a dita marca patrocinar este blog)

aguardar o tempo proporcional a expectância (a chata de fórmula não é para aqui chamada) e depois verificar a confiormação da hipótese:


os fósforos demoraram a acender-se sózinhos, ao mesmo tempo que a chama teve uma tremulância de água.

a cerveza mexicana não conseguiu embebedar dois bugs introduzidos clandestinamente.

O observador, a observação e a coisa observada tiveram tempo para ir cada um para o seu café, situado em campos inimigos e doscordantes.


Entreanto, eu e Bergson trocámos de carburador. Fez-me bem espraiar o neo-cortex pela percepção médio-secular do tempo (fornecida pelo carburador de Bergson). Daqui em diante vou estudar melhor o desacelerador de fotões. Não vou deixar o Belmiro nem a PT nem o nosso pitecantropo Sócrates a tratar das minhas tábuas de tempo.




Et in Arcadia Ego


Photo of the Day, June 19, originally uploaded by gm_blogs.

Carro fugido do parking
pede hospitalidade
a Gérard de Nerval

Comment va votre symbolisme?

Those Crocs


there taking over the world!, originally uploaded by lomokev.

!

Nómada na imobilidade


flags in the sand, originally uploaded by john curley.

Uma Utente da Scut, Paciente do sr. Self-Martins


, originally uploaded by dummmy.

Notar a máscara: não é máscara está enxertada na cara. Ordem e Progresso, forever!

Utente da Scut com sorte


, originally uploaded by dummmy.

Outro Utente das Scuts


, originally uploaded by dummmy.

Depois de 3.000 km para trás e para ã frente para encontrar a saída cheguei ao Parking. Aui tratam-me bem. Sunstituem-me logo os olhos e dão-me este conselho:

Todos os carros em todas as estradas são carros usados.

As nossas ofertas são boas


choteau, originally uploaded by dummmy.

Puto idoso largado num parking e a quem um Frankenstinho já comeu os dois braços.
O fundo desta fotografia é virtual. Atrás está uma urbanização do presidente do Benfica. Todos os prédios tem a mesma altura. Nunca se vê a porcaria das nuvens nem a m+"%a! do Sol.

Aos Utentes das Scuts


_MG_3583, originally uploaded by darkshapes.

Atenção,

Mais dois monstrinhos oferecem-se aos Utentes das Scuts. Já sabem: os Tinhos tem impacto económico positivo. Podem-se largar em parkings para comer filhotes de humanos ali largados,. Aqui neste parking, antes de ser largados, reconstruiu-se um pedaço de Chelas antes do terremoto. É um prédio virtual apenas, no lugar dele está uma torre de vinte andares e em cada andar há duzentos souto-mouras a escovar o bigode e a dizer que só usam pelos de marta no pincel.

Unidentified weird bird

É o que eu sou, mas mudo de asa dia sim dia não. Há qualquer coisa para lá das SCUTS.

Young Frankenstein: The Play

Se não chatear o Asfalto, se for verdadeiramente amigo do Cimento e do Progresso este horrorzinho pode ser seu. Dá pelo nome de Frankensteinzinho, alimenta-se de filhotes humanos atirados nos parkings, portanto é ecológico e parking-friendly. Estacione à vontade graças a Tinho (petit nom do dito) em qualquer parking. Depois pode atirá-lo fora em qualquer estrada, SCUT, A qualquer coisa, juntamente com os lenços de assoar, as garrafas de plástico, as betas que leva consigo e que já não consome, as beatas, os suplementos dos jornais e o resto do seu lixo amável.

O Utente Tranquilizado

O ministro da Economia e o ministro das Obras Públicas explicam ao Utente das Scuts que está tudo bem. Vamos dar cabo da paisagem, essa sucata. Vamos põr mais 300 quilometrinhos de asfalto por ano e esteja descansado pode encontrar um parking a qualquer hora em qualquer local e levar os seus filhos para lá.
Já agora (dizem-lhe) você tem um cérebro bué de fixe. Empresta-me esse fiozinho eléctrico?

The Future of Web Tech


originally uploaded by Laughing Squid.

Atrás da porta está o sr. Self-Martins, mais conhecido como "Fio". A Web, já se sabe, é especialista em reformatar carniça humana.
Pendurado num gancho Mr. Self-Martins quer sair para limpar as letras da porta, mas a porta não deixa. Navegar em estado de emergency é preciso, viver não é preciso.

Quando morrer, deixe todo o seu dinheiro à Web. Mr. Self-Martins trata de tudo.

Durma descansado. Ou seja, durma sempre de dia e de noite, durma sempre.

Utente das Scut

Os economistas A.Marvão Pereira e Jorge Andraz num "novo estudo" concluem que as autoestradas sem custos para o utilizador (SCUTS) são perfeitamente justificáveis do ponto de vista económico,
Em suma o estudo defende que as Scut são boas para a a economia e orçamento. (santíssimas palavras!)
O utente das Scut agradece.

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